quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Poema - Barco a Vela




Barco a Vela

Autor: Carlos André

Tenho em mim a consciência diante da velhice não brotada
Meu maior desejo passa a ser as melhores conclusões sobre mim
Portanto, fiz de tudo para não ser interpretado de forma implícita
E talvez por teimosia, me vi na proporção do fracasso e da vitória.

Justo naquele instante, contrapor seria o atalho
Beijos cortantes de um beija-flor!
Nus, nos deparamos...
Deslizara nos olhos a sensação em existir.

Pudera meu instante se transpor, compor, deduz-o nos saltimbancos
Do que seria o amor sem pranto algum?
Uma simples amostra que justifica a minha vinda
Ser! Não sei. Ser do que sei, do que for.
Não quero modelos existenciais
Muito menos, gastar o meu mandarim em alvoroço de botequim.

Quero falar do cotidiano, falar o português que se fala nos botequins
Cantar o português que se canta nos botequins
Pretendo não acometer êxtase do que foi dito
Não jogar dados, porque acredito em coincidências
Quando a hora exata chegar, e o vento estiver do nosso lado
O coração a de saber donde vieste.

(Carlos André)



sábado, 24 de agosto de 2013

Poema - Lilás





Lilás

Autor: Carlos André

Certamente, haveria chão em vez de piso
Haveria chuva em vez de tempestade
Haveria lágrimas em vez de choro
Haveria momentos inesquecíveis em vez de saudade
Certamente, haveria felicidade em vez de tristeza
Haveria mudanças em vez de movimento
Haveria loucura em vez de tantas maluquices
Haveria eternidade em vez de fragmentos
Haveria oportunidades em vez de certezas
Pois certamente, não é a verdade
Que nos salvará de nenhuma mentira.

(Carlos André)