segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Poema - Estamos a sós...

Estamos a s...














Nossos beijos e abraços eram mais do que poema
Era uma vida movida a razões
Quando nos amávamos na cama
Devidamente suados
Tua vagina macia roçando no meu pênis
E eu a penetrava com toda minha virilidade
Determinado a te fazer feliz.
A te fazer gozar!

Você comprimia as pernas
Tuas nádegas entre boas sensações
Arrepiavam-se...
Você agarrava o forro da cama
Expressava contentamento pelo rosto
E nesse momento aparecia o gozo
E eu lambia teu pescoço
Beijava tua testa e a maçã do rosto
Chupava teus seios fartos
Você sorria para mim
Enquanto eu estava dentro de ti
Enquanto estávamos um dentro do outro!


(Carlos André)

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Poema - Espermatozoide

Espermatozoide


O quente líquido escorrendo por cima de ti
Tua boceta carnuda estava melada de excitação.
A vida escorrendo e derramada por cima da cama
Algo disso que nos falava
Além da convicção em saber ter liberdade.
Tua pele arrepiando pelo por pelo
Tu sentias prazer e verdade.

Quando eu adentrava tua vagina
Tu olhavas dentro dos meus olhos
Querendo ver o futuro.
Algo de mim tu sentias: orgasmo.
A sensação fria e quente por dentro
Orgasmo que percorria labirintos
Pensamentos de outrora ocultos pela razão
Libertos de qualquer julgamento
E sensíveis ao toque: clitóris!


(Carlos André)

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Poema - Uma linda noite inesquecível, onde fizemos amor!

Uma linda noite inesquecível, onde fizemos amor!












Se lembra daquele dia?
De quando fomos pra cama
E você me dizia bem baixinho
Que a vida agora
É pra valer
E vale a pena estar com você!

O nosso prazer se compete com desejo
E o desejo se transforma em carne, por prazer.
Pois aquela atração carnal e sentimental
Que sinto verdadeiramente por ti
Se revela quando nos amamos!
O falo adentrando a vagina, clitóris ereto no espasmo.
O nosso corpo suado em cima da cama. Orgasmo!
Em outro cenário, lá fora, no jardim
Grãos de pólen do androceu espalham pelo estigma
Germina a semente.
Do gineceu nasce o fruto
Que perpetuará para sempre!!


(Carlos André)

Poema - A Casa em frente ao Lago

A Casa em frente ao Lago









Às vezes me pego dançando na neve
Apalpando cada floco de neve com as mãos.
As crianças brincando no pátio
E os pássaros a beberem água da Fonte.

Quando chega o natal
A árvore fica toda daquele jeito.
E antes de abrir a porta
Tenho que lhe dizer: prometi falar da nossa relação.
Prometi pintar o nosso beijo
Conforme a cor mais viva do batom
Que ficara registrada na taça de vinho.
E destilar das lágrimas tristes
Uma lágrima que valesse a pena
E que escorresse pelo rosto a emoção
De estar feliz!

Na cor dos teus olhos
Vi a esperança daquela tarde amena de novembro.
E esculpi a nossa lembrança
Antes de se tornar o nosso momento.

Embora o que ficou marcado
Foi só um pensamento engrandecido
Por mais que lá fora pouco se notasse
O que por dentro sentíamos o coração a bater!!


(Carlos André)

Poema - Carta ao Capital

Carta ao Capital









Lembremos do dia em que eles tiraram de nós
Aquilo que tínhamos por direito: a liberdade!
Quando há um governo centralizado
E que dita sempre as regras
Sem consultar primeiro a opinião da massa
Este governo passa a ser ditatorial
Um governo sem legitimidade.
Não deixemos que isso aconteça de novo!

As máquinas pararam.
As alavancas foram puxadas
E quando voltarem a serem acionadas
A dinâmica do capitalismo começará a ter efeito:
O resultado do produto final
Em decorrência do acúmulo da mão-de-obra barata.

Não quero deixar isso entalar em minha garganta
Preciso me desabafar
Escrever um manifesto
Sobre o abuso de hierarquia no trabalho
E gritar mais alto que eu puder:
- Por aqui não há Ordem nem Progresso.

A falta de humanidade
Se escancara em meio
A decadência de solução!

O proletariado cansado
Chegando ao fim
De mais um dia de trabalho árduo
Questiona perguntando o seu chefe:
- Senhor! Cadê o meu salário?
Já tem tanto tempo que não recebo!
Preciso sustentar minha família, meus filhos!
E o dono do capital, o responde:
- Agora, só no final do mês!
Espera mesmo que no final do mês
Este proletariado receba seu salário?
Eis aqui o poder da mais-valia!

E há de se notar
No suor amargo
Descendo pelo rosto do injustiçado trabalhador.
Que ao chegar em casa
E o teu sangue esfriar
Ele refletirá com calma
Sobre tudo que vem acontecendo.
Fortalecerá o teu ideal
Pronto para se revoltar
E revolucionar o sistema!


(Autor: Carlos André)

Poema - Qual é a cor do capitalismo?

Qual é a cor do capitalismo?










Vejam: a Estátua da Liberdade!
O capitalismo entranhou-se na sociedade
Nas mídias e nos produtos industrializados.
Dos centros urbanos
Percorreu a grandes distâncias
Para se propagar nas regiões suburbanas.
O capitalismo se fez mais forte no domínio imperial.
Em tese, o capitalismo é uma célula
Que se acoplou a outra célula
Chamado lucro monetário
Que se instalou em nosso meio
Muito antes da Revolução Industrial.
É necessário que exista
Mas que devemos controlar
Para que não cresce mais do que o lado social da humanidade.
O capitalismo construiu novos modos de consumo
Em certas ocasiões, uma vida “American way of Life”
E hoje me pergunto, qual é a sua cor?
Tantas pessoas lutaram
Morreram tentando neutralizá-lo
E vendo o passado e escrevendo o agora
Percebo que...
Os livros é a grande arma do povo!


(Carlos André)

Poema - Árvore da Vida

Poema inspirado na pintura “Árvore da Vida”, feita a tinta óleo pela pintora Diana Motta!

Árvore da Vida










Da raiz até a copa da árvore
Perto da Montanha Mágica
É onde tudo começa
E termina.
Demorei tanto tempo pra entender o processo
Que cada um se adapta
De um jeito diferente ao ambiente.
E quando compreendi
Filtrei as incertezas da vida
Com um pouco das tintas que encontrei.
E não foi por não tentar
Que das folhas me solidifiquei
Em bruta flor do querer.

Da raiz até a copa da árvore inicial
Estão meus sonhos que nunca revelei a ninguém.
Só agora estou lhe mostrando os meus segredos
E espero que não firas meu coração.
E quando eu não conseguir dormir
Que tu ofereças teu colo
Para que eu possa enfim dormir.

Da raiz até a copa da árvore vou florescer
Vou-lhe esperar acreditando que virás
Estarei por ali: por detrás da árvore.
E de longe quando me avistar
Acenarei com a mão
Para vim logo, me abraçar!

Da raiz até a copa da árvore do amanhecer
Como se fôssemos pássaros
Construirei o nosso ninho
Te farei meu esconderijo
Depois descobrirei algum caminho novo
Que não nos faça voltar
Aonde tudo começou.

Da raiz até a árvore da vida
Seremos muito mais
E muito além...
Do que tudo que se acreditou, então...
Venhas ser feliz de fato!!


(Carlos André)

Poema - A Origem

A Origem








O totem está a girar?
Se ele continuar a girar
É porque estamos ainda sonhando
E se em algum momento ele parar
É porque estamos dentro do sonho
De outra pessoa
Ou simplesmente não estamos sonhando.

A origem dos nossos sonhos
É onde tudo começa e termina.
Podemos ir além, mais afundo
E prosseguir.

Arquitetamos o sonho
Com base em tudo que vivemos fora dele.
Podemos construir castelos, labirintos...
Ou caminhos no qual
Vemos somente o horizonte.
Como também podemos sonhar
Um sonho dentro doutro sonho.

A origem dos nossos sonhos
Não estão nos contos de fada
Todavia, na realidade fantástica
Que foi se tornando a vida.

Éramos felizes e nem sabíamos
Fomos felizes a ponto de não termos medo
De nos tornarmos medíocres
Para aqueles que falaram que não conseguiríamos.
E estamos aqui.

Ei! Você não pode deixar a vida neutralizar você
E muito menos deixar que os sonhos
Se tornem estáticos.
A vida é instantânea
E os nossos sonhos são para agora.

Se eu soubesse o que um senhor cego
Sonha antes de atravessar a rua.
Se eu soubesse que a chuva pararia
Antes de lhe ver depois toda molhada.
Se eu soubesse o que um casal de namorados
Sonham indo de mãos dadas pelo caminho.

E é exatamente quando você estiver dormindo
Que mergulharei em teus sonhos bons e profundos.
E de lá emergirei
E quando acordares
Lembrarás de mim
E de tudo aquilo que você sonhou!!


(Carlos André)

Poema erótico - Orgasmo

Orgasmo











O prazer a este nosso libido;
Prazer da carne, do toque superficial
Ao toque profundo;
Do suspiro delgado aos gemidos de amor verdadeiro.
Ela estava excitada
A vagina molhada molhava o lençol da cama
Ambos estavam confiantes.

Primeiro, as preliminares
Com calma, pois pra quê tanta pressa?
Sendo que somos apenas meros humanos em busca da felicidade!
Ele acariciava os cabelos de sua amada.
O despir do sutiã
A boca dele chupava os seios dela
Apalpava suas coxas
Chupava carinhosamente tua boceta.
Deslizava o dedo no teu clitóris
Esfregava e lambia
E ela se arrepiava toda.

Ele penetrava sua vagina
Ela sentia-lhe muito agora em teu corpo
Dentro do seu corpo.
Ela sentia o pênis dele bem lá no fundo
Indo e voltando, passado e futuro.
Neste exato momento ela lembrava
De todos os acontecimentos de sua vida
Os erros e acertos cometidos.
E ele compreendia de que poderia voltar no tempo
E fazer tudo de novo
Mas de outra forma (possível).

A eternidade estava a poucos minutos de acontecer
As expressões de seus rostos mudaram
E ela dizia olhando dentro dos olhos dele:
- Vou gozar amor!
E ambos gozavam juntos
Ao gozo gostoso
Pelo orgasmo contemplativo da vida!


(Carlos André)