segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Poema - As Luzes!



As Luzes!

As luzes!
O que elas representam pra ti?
Um simples adereço de dia e de noite?
Desse simples imitar da existência?

As luzes reagem e confiscam a tua moradia
São elas que iluminam pensamentos
Tem seu excelso agrado. Força sempre.
As luzes ameaçam o Sol remir o poço d’água
Os jornais publicam temporal de chuva pra hoje
É fato,
Não é displicência
Um bom cálice de vinho barato nessas horas,
Reverencia os adeptos de etiqueta.

Vamos celebrar as luzes que encantam crianças em noite de Natal
Celebremos a paz e o amor
Verso tão simples em si dizer
Tão simplório e instinto.
A vizinha mora meia quadra de minha casa,
Vai ao supermercado todo santo dia
Dizem que todo dia é santo
Se todo dia é santo
Fátima é santa rainha.

Não lhes apresentei a Fátima? Releve-me.
Fátima é personagem deste poema
Em todo dia que é santo, Fátima procura ser feliz
Se não procura, tenta
Desvincular sensações do dia-a-dia é estupefato, mas, Fátima
É personagem com personalidade e distinta em demasia, e por isso,
Não a encontrei hoje no supermercado
Faz dias que não a vejo
E dias que sinto em desejo.


Tu viste?
Tu acreditaste?
Tu tocaste? São notórias e palpáveis as luzes do teu olhar, a essência cura da minha lucidez
O pipoqueiro do parque afirma:
-As luzes são de brigadeiro.
Contudo, se as luzes de brigadeiro são; Fátima, que a mais de uma semana que não revejo
Tenho toda intenção de conquistar o amor da Fátima, mas,
Disso, só o futuro dirá
Ninguém soube o que ocorrera naquele santo dia
Em tudo que se acalma
Nem tudo é cinema
Nem tudo são gestos e indigestos
As luzes!
Elas que cruzam e formam simetrias de polígonos nos rostos embriagados
Tão inebriante é a força, o desencontro, a armadilha
Neste poema tudo vale
Vale tudo
Só não vale desentender que a Fátima, apesar dos empecilhos da vida
É Feliz!

 (Autor: Carlos André)

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Poema - Tardes de Domingo



Tardes de Domingo

Um licor já não basta, como não basta o bastante
Um instante pro outro
Um amar quase quente. Constante!

O vinho já não tivera mais o sabor das tardes que foram outras,
     Das vidas que foram outras
     Dos momentos que se confundem com a saudade
Pudera eu entender a saudade
Se equilibrar ao passo curto; longo é a jornada de volta
 Ao menos, que nossas angústias sejam transitórias
  Não nos percamos sem saída!

Na saliva a textura do beijo, cenas de compreensão
Muitas vezes incompreendidas
Não há traição!
   Só porque haverá uma taça de vinho manchada nos lençóis
Isso não quer dizer que nada dure, pois tudo se transforma
Não reescrevo ao desperdício, e sim, opto por soluções.

Se viveres por um só momento,
    não ousará contentar-se com o pouco
Lembras que o momento não é somente um tempo adquirido
O tempo tem suas falhas indigestas
O momento é a justificativa do tempo
Tempo ao tempo
Agora não caminho com passos curtos, administro meus pés ao caminhar infinito.

Se disser por solidão ao descompasso,
    Se ouvir porque, deve-se ouvir,
    Se amar porque, deve-se amar
    Amar o porquê!
    Desejar o por quê?
    Olhar-se um pro outro na resposta de motivo
    Um querer-se de bem-me-quer
Nas tardes inesquecíveis de domingo...

(Autor: Carlos André)

Poema - 31 de Outubro



31 de Outubro

Queria escrever ao mistério no meio daquilo, na meia verdade
No meio daquilo em meia verdade
São escombros e nada mais
Nada mais...

Pudera entender o passado, não todo passado, voltar na mesma diretriz?
O passado
Nada mais
Ao passado
Nada mais
Do que o passado...?!

Vige em teu rosto a complexidade da arte cubista
Rosto do teu rosto, no meu rosto em teu rosto, rosto do cheiro da tinta branca
Ar... repia!
No gosto de teu gosto, no meu gosto, do gosto palavras planas
Índoles,
Assi... metria!
Distan... cia!

Distancia não pela extremidade dos canaviais e são tantos
Olhe pela janela do mundo por que da razão descendemos
Da razão descendemos; logo somos seres descendentes da gnosiologia.

É tempo de ceia
E é Primavera
É tempo de vida
Tempos de angústias passadas
Tempos remotos virão, mas o passado não.


Na chuva a cair tu és razão que antecede a mim e que me procede
Nos prados rebanhos de palavras, o amor não cansa
Não desampara nem trela conflitos e sentimentos
E de quando em vez, dorme, com os sentidos afiados.

Amor
Palavra
Sentido.

Amor
Palavra
Amigo.

Amor
Palavra
Coração.

Amor
Palavra
União.

Amor
Palavra
Diálogo.

Amor
Palavra
Segredo.

Amor
Palavra
Decreto.

Amor
Palavra
Caligrafia.

Amor
Palavra
Semântica.

Amor
Palavra
Ortografia.

Amor
Palavra
Livreto.

Amor
Palavra
Leitura.

Amor
Palavra
Cinema.

Amor
Palavra
Desejo.

Amor
Palavra
Solidão.

Amor
Palavra
Descanso.

Amor
Palavra
Amasso.

Amor
Palavra
Harmonia.

Amor
Palavra
Musicalidade.

Amor
Palavra
Invento.

Amor
Palavra
Descobrimento.

Amor
Palavra
Energia.

Amor
Palavra
Relatividade.

Amor
Palavra
Cura.

Amor
Palavra
Curva.

Amor
Palavra
Loucura.

Amor
Palavra.

Amor ternura...

Amor palavra caminho...

Amor palavra pergaminho...

Amor
Palavra
Linho...

Amor
Palavra
Roupa.

Amor
Palavra
Moda.

Amor
          Palavra
Sublime.


Amor Palavras
        Versos...

Amor
Palavra
Terceto.

No predicativo sou pecado
No pecado sou meu eu.

(Autor: Carlos André)

Poema - Descobridores dos dois Mundos


Descobridores dos dois Mundos



Tal como um dia após o outro, percebe-se razões de conquistas

Fundamental é aquilo que lhe faz bem!

Essencialmente no que contém

Virtudes, e sentimentos

Dita o mundo e suas consequências.



Abra o livro, e vejas a rosa que a deixei pra ti

Como em nenhum outro ensejo

Desfizeram-se palavras e atitudes

Há um perfil certo em cada circunstância

O outono do mês passado deixara restos de lembranças.



Leio o jornal, releio fatos cotidianos

Fatos que erguem a vida num piscar da luz, do artefato

Do quase sem ritmo das multidões

Teclas de um computador memoravam em vão

Conquiste os dicionários não por expressões de raras experiências.



Em tua timidez,

       sinto o incrivelmente

Especial...

O que é incrível genial consolida-se

furta-cor dos seus sonhos

Ameno as tardes perenes

Contraditórias são as tardes que perecem.



Amo as tardes poéticas

Amo as tardes em que um ou outro a em dizer "valeu a pena"

Amo as tardes doutras tardes diferentes

Amo o Universo

Como não amar as estrelas!

Amo o Planeta Júpiter

Escrevo a Vênus

Tu olhas para mim, como olhas pra Saturno

Seria tão bom a distância não mais desejar.


(Autor: Carlos André)