quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Poema - Tardes de Domingo



Tardes de Domingo

Um licor já não basta, como não basta o bastante
Um instante pro outro
Um amar quase quente. Constante!

O vinho já não tivera mais o sabor das tardes que foram outras,
     Das vidas que foram outras
     Dos momentos que se confundem com a saudade
Pudera eu entender a saudade
Se equilibrar ao passo curto; longo é a jornada de volta
 Ao menos, que nossas angústias sejam transitórias
  Não nos percamos sem saída!

Na saliva a textura do beijo, cenas de compreensão
Muitas vezes incompreendidas
Não há traição!
   Só porque haverá uma taça de vinho manchada nos lençóis
Isso não quer dizer que nada dure, pois tudo se transforma
Não reescrevo ao desperdício, e sim, opto por soluções.

Se viveres por um só momento,
    não ousará contentar-se com o pouco
Lembras que o momento não é somente um tempo adquirido
O tempo tem suas falhas indigestas
O momento é a justificativa do tempo
Tempo ao tempo
Agora não caminho com passos curtos, administro meus pés ao caminhar infinito.

Se disser por solidão ao descompasso,
    Se ouvir porque, deve-se ouvir,
    Se amar porque, deve-se amar
    Amar o porquê!
    Desejar o por quê?
    Olhar-se um pro outro na resposta de motivo
    Um querer-se de bem-me-quer
Nas tardes inesquecíveis de domingo...

(Autor: Carlos André)

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