terça-feira, 21 de julho de 2015

Poema do movimento literário existencial - Tatuagens



Tatuagens





Desenho na pele o teu desenho
Desenho por uma verdade várias verdades
Desenho um laço de uma verdadeira amizade
Algumas vezes esse laço poderá se desmanchar a cor
Erramos e acertamos nos traços desta tatuagem
Cores que anunciam a “paz” pela natureza deste século 21 quase morta
Cada ação gera uma reação, note neste exemplo:
desenho uma árvore que renasce das cinzas
E que do lápis que escrevo e (escrevemos)
Penso na árvore que ajudamos a plantar, e depois derrubar para fazer este lápis.

Desenho a camada de ozônio
A fórmula matemática!
Moléculas que aos poucos desintegram
E em outros momentos da vida se unem.
Abraçam e se separam
Separam-se e abraçam!
A química perfeita do amor: H2O + O2 = o bom lado das coisas.

Eis o comportamento da vida: ninguém é perfeito
E digo mais: somos a imperfeição do PERFEITO
Os rabiscos de um desenho perfeito
Porém, o que é verdadeiro permanece vivo nos sentimentos.

Desenho a cor dos teus olhos
Desenho o sol e a chuva
Desenho o fim, o meio e o início fora de ordem
Vivemos uma desordem quase cotidiana
Mas busco a ORDEM neste sistema.

Desenho uma libélula com suas asas
Desenho uma rosa ou um “buquê de rosas” que darei para Sophie!
Gosto também de camélias, nossos girassóis, lírios do campo
Que nos fazem respirar bons ares
Desenho uma borboleta magnífica
Que de tua pele voa pelo céu azul
Desenho o laço do teu cabelo castelo, ruivo, loiro
Desenho você menina (moça), jovem, mulher, o teu lado da maturidade
E dou-lhe de presente o espelho sagrado
Para que saibas o quanto o TEMPO passa vagarosamente
E às vezes tão rápido!

(Autor: Carlos André)






Poema - Efeito Borboleta




Efeito Borboleta




Não há um fundamento qualquer  
Para não amarmos demasiadamente
Demasiadamente o coração desanda
Quero eu poder te amar em dias úteis
Dias sem um preço ministrado
Amar, amar, amar – simplesmente amar o claro modesto
O provável enigma...
Trago de outros tempos tua felicidade, menina!

                                  
Há uma circunstância memorável
Para comemorarmos os nossos tempos
Dos retratos na instante
Lembro quando amamos subitamente
As coisas pareciam relatos de seres distanciados
Compartilhados pela brisa dos corpos em chama
Quero dormir contigo em dias memoráveis
Dias de tempestade
Dias de chuva cadenciados naquilo que ela nos diz
Dias de teus medos inocentes.


Não me poupe o que desejo
Poupe-me a monotonia em dias desfavoráveis
Não me poupe o frio, porquanto e necessariamente
O abraço vem
Poupe-me expressões desmerecedoras
Aniquiladas e desprovidas de seiva
A palavra é um ser vegetativo.


Exato! Digerimos as palavras
Palavras com sabor gostoso em ser lido, ser escrito
Eu não posso escrever expressões que não sejam
Digeridas com facilidade
Degusto do melhor vinho, pelo motivo único
De degustar das melhores uvas apetecidas
Amo-a demasiadamente, ademais de um amor justo
Amar, amar, amar, amar, simplesmente amar!

Se as borboletas falassem, até diriam:
-Felizes são os que amam com certa naturalidade.


(Autor: Carlos André)