sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Poema - Sonata ao Luar

Dedicado a Kalily Mariane!

Sonata ao Luar




















        O tempo é tão dinâmico
Que podemos retornar ao tempo
E vivê-lo de outra forma diferente.
Este tempo está subdividido entre o sonho e a realidade.
O sonho pode se tornar real
E a realidade passa a ser mais aceitável
Quando vivemos o sonho sem dor e ilusão.
        Olhe:
        - Os barcos no cais
E será para onde eles vão?

Nos arredores do campo
As prímulas e os amores-perfeitos são constantes.
O sol ilumina as flores
E com seus raios tange a superfície da água.
A água que molha o corpo
Enxágua e leva as infelicidades.
E a felicidade por si só
Tem que ser verdadeira dentro de ti
De nós...
Algum poema.

Quando chega a noite
Toco uma sonata ao som do piano
E em cada tecla do piano, sinto a vida
Como se ela já me sentisse faz tempo.
Lá fora, raios prateados da lua
Iluminando o pensamento no coração.

E acredito...
Que amar a dinâmica do tempo
É saber compreender a relevância da vida!


(Carlos André)

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Poema - Lírios

Lírios








Tem tanto tempo que não nos vemos
Em tua casa
Além da expressão fria de teu rosto
E de tuas palavras
Vejo na sala exposta
O jarro com lírios brancos
Que pela manhã você colheu no campo.

Os lírios naquela tarde
Queria nos dizer alguma coisa
Que não tivemos coragem
De dizer um para o outro
Um simples “Te Amo”
Ou se “Bem me Quer”
Mas o que talvez, provavelmente
Os lábios não poderam contar
Nem muito menos o coração
E sim a alma
É que os lírios daquela tarde
Nos trouxeram a paz
Que tanto e há muito tempo, desejávamos!


(Carlos André)

Poema - Molduras

Molduras











O risco que se passa
De quando estamos olhando pela tela
Quando não se vê nada
Além daquilo que se ver.
Este é o risco que se passa
De quando a inércia da vida toma conta da mente.


A da direita, de roupão vermelho
Que não estás menstruada
Deitada no sofá vermelho, a pensar no futuro
Chama-se Scarlatt, e tem 26 anos
É do signo de peixes
Formada em jornalismo.
Planeja futuramente ter um filho.
Scarlatt vê o mundo por entre as telas da TV
Como também vê o mundo
Por entre as janelas de tua casa.
Scarlatt não assiste novelas.
Gosta de ler livros clássicos (de romance e poesia).
Vai ao cinema, e quando não possível
Assiste filmes em casa
E vai ao Teatro.
Ela gosta de filmes italianos, espanhóis, franceses.
Gosta de assistir filmes da atriz Marilyn Monroe!
De fato, Scarlatt não tem muitos amigos
Mas tem a sorte de ter bons amigos
Pela qual possa confiar.

A da esquerda, de roupão branco
Sentada no sofá vermelho
E que estás menstruada
Chama-se Julia, e tem 46 anos
É do signo de capricórnio
E é a mãe da Scarlatt.
Ela está mal-humorada
Talvez seja pela TPM, ou talvez não.
Julia, pessimista antes de abrir o jornal.
Scarlatt é bem diferente de Julia.
Quando Julia teve Scarlatt
Não foi uma gravidez planejada.
Julia havia terminado o namoro
E quando o pai de Scarlatt retornou ao apartamento
Para pedir desculpas, eles fizeram amor
E conceberam Scarlatt.
Infelizmente o pai de Scarlatt
Nunca mais voltou da guerra.

Julia gosta de ler jornal
E de tomar uma xícara de chá
Quando fica de TPM.
Julia percebe mais o mundo e as pessoas em sua volta
Quando sorrir.
Ambas vivem a vida sem inércia
Se bem que de vez em quando
A realidade insiste em pular para fora das telas!!


(Carlos André)

Poema - Gardênia

Gardênia








Solicitaram-me por carta que eu viesse até aqui
Pra te dizer
O quanto à vida é tão difícil
Graciosa, prazerosa de ser vivida.

Solicitaram-me por telefonema
Pra te telefonar.
Dizer-lhe um “Oi”
Elogiar-lhe quando é de se elogiar
Dar-te um sermão
Quando estiver indo pela contramão.
Porém, quando não me solicitaram
Eu fui até ti sem antes lhe perguntar se estaria
Se teu coração estaria preparado
Colhi gardênias frescas e com a fragrância
Que se sentia ao longe
Lhe trouxe de presente
Para tua vida, assim,
Florescer...
Lembra daquela vez?
Mudamos de rota e direção.


(Carlos André)

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Poema erótico - Rosalinda

Rosalinda















O toque magistral da língua por entre as pétalas úmidas
Por entre as pernas de Rosalinda, que se agachava
E eu, lambia o clitóris
Deixava-o ereto, deixava-a em 90°
Ela gemia de desejo e paixão
E eu chupava os lábios carnudos da vagina de Rosalinda
Tão cheirosa e apetitosa
Cheirava a gardênia e jasmim.
Chupava-a delicadamente
Algumas vezes com tanta velocidade
Que tuas pernas estremeciam
Mas aí estava na hora de diminuir a velocidade
Velocidade sem objetivo não nos leva a lugar nenhum!

A boceta de Rosalinda se enchia de desejos
Quando minha língua encontrava teus lábios meigos
Macios e sem dor
Sem flores murchas
Ao sentir teu coração
E ela me chamava de meu homem!


(Carlos André)

Poema - Tulipas

Tulipas

E que o tempo nos traz
O que o vento norte
Não foi capaz de nos trazer.
E que o céu nos traga
A aurora boreal ao sul.

Eu vou sair pelo campo
Refrescar a cabeça
Esquecer dos problemas
E renovar meus pensamentos
Regar minha vida
E colher tulipas
Para recompor minha virtude
Meu interior!


(Carlos André) 

domingo, 1 de janeiro de 2017

Poema - Amores-perfeitos

Amores-perfeitos









Tão pequena e graciosa
Bem favorável nas condições amenas:
- Será que ela estará pensando em mim?
- Será que ele estará pensando em ti?
As ideias brotam
Nos ideais do coração
A florescer no outono e primavera.
E se for perfeito, pode manter a floração no inverno.

Não sei se isso é amor
Ou se transformou em paixão!
Enquanto aproveitamos as horas
Dos meros momentos
Entre o beijo, a sensatez, e o incrível
Nos vasos de flores
Quero guardar meu amor perfeito!!


(Carlos André)

Poema - Prímulas

Prímulas








Primeiro...
Vem a nós a vida nos florescer
Depois se têm as cores vivazes
O teu perfume suave...
As prímulas aliviam o estresse
A tensão pré-menstrual.
Flores que também estão nos cartazes
No espaço de uma palavra preenchemo-nos
Para não haver contradição.

Violetas, amarelas, vermelhas; pouco desbotas.
Pétalas comestíveis, curiosas, singelas; sorriem.
Alaranjadas, roxas, brancas, azuis.
Com tantas cores as prímulas
Vai conquistando o cenário úmido e fértil: subtropical.


(Carlos André)

Poema - Genciana

Genciana








A Ana vestia azul
E pelo espelho do banheiro
Passava batom vermelho, em teus meigos lábios.
Sorria, e as vezes, ficava muito séria
Quando tinha que ser.
E a compreendia.

A Gency vestia vermelho
E pelo retrovisor do carro
Retocava o batom azul, 
Enquanto o trânsito estava engarrafado.
Em alguns momentos ficava mal humorada
Em outros, queria carregar o mundo
Na palma da mão
Coisas da TPM, segredos de mulher.
Um dia elas se conheceram no mesmo local
E se tornaram grandes amigas.
Gency foi ao shopp comprar um vestido  
E Ana foi ao cinema ver um filme!!


(Carlos André)

Poema - Campânulas

Campânulas








Já lhe encontrei pelos campos, a sonhar!
Vestida de rosa; azul; ou branca.
Mas tua cor lilás
Nesse resplandecer da primavera
É o que mais me atrai.
Flor do sino...
E que você possa anunciar tempos bons
De paz e amor.

Já lhe encontrei molhada
Pelo orvalho da manhã.
Já falei de ti para as borboletas
E jurei desde o primeiro dia
Que voltaria!


(Carlos André)

Poema - Soldanella

Soldanella









A claridade dos fatos
Não nos deturpou
De fato, nos libertou
E estão aqui
Enraizadas.
Feito os abajures ao lado da cama, do sofá.

Que venha o outono
No inverno precisarei ainda mais do teu abrigo
A caber dentro de um abraço, quase infinito.
Entrementes, os acentos já foram quase todos ocupados
- Por favor, faça silêncio!
Que o espetáculo
Irá começar.


(Carlos André)

Poema - Aquilegia

Aquilegia








Perene...
Que nossos bons sentimentos
Se tornem perenes
Não pela meia sombra
Na ramagem ereta de pelos finos.
Todavia, por toda luz que não rescinde
Na folha com folíolos
No cálice vistoso
Buquês...

A surgir na primavera
E que, portanto, nossos sonhos se façam viver
Por dentro de nós!


(Carlos André)

Poema - Ranunculus

Ranunculus








Dias ensolarados
Que refletem nas pétalas
Em formato de roseta
Multicoloridas.

E querem nos dizer muito
Mas nos dizem pouco
Do que tinham pra dizer.
E se for chover
Que chova
Não com gotas avassaladoras, tenebrosas
Mas com gotas que refresca
A nascerem as flores.


(Carlos André)