terça-feira, 28 de fevereiro de 2017
Poema - Morangos Silvestres
Morangos Silvestres
Eu por cima de ti remexia como ondas
Minha calcinha molhada de
prazer sobre a cama.
Teu pênis ereto passando em
meu clitóris
Fazendo cócegas
A me arrepiar de desejo.
Deslizando nos meus lábios
externos
E por fim, penetrando dentro
de minha vagina.
A flor se abrindo pétala por
pétala
O segredo que havia entre
nossos olhos
Será o que eles queriam nos
dizer?
Porquanto a boca naquele
momento
Não intencionaria expressar
por palavras
Todavia, por gemidos que
eram verdade e razão.
Você me olhava, agora em
câmera lenta
Como se tua mente entrasse em
meus sonhos
Ao lado da memória, perto da
Fonte das Lembranças
E resgatasse de lá somente
as boas lembranças
Deixando o rancor, o medo, a
dúvida desvanecer.
Gostaria muito que o amor
fosse um rio contínuo
Que não secasse tanto e não
transbordasse muito.
Poderíamos até viver somente
do livre-arbítrio
Mas sempre houve o medo de
amar
No momento não disposto.
Embora o coração nos faça
sentir
Se é ou não o momento certo
para amar.
Somos carne e verbo
Em plena desordem social e
política.
Durante o sexo
Somos pleno desejo.
(Carlos André)
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017
Poema - Metáforas
Metáforas
Tire minha calcinha
Chupe minha boceta
Cheirosa, macia e molhada.
Entre os lábios carnudos, de
desejos carnais
Eis a teoria onde a vida se
originou
E será que haverá explicação
nas estrelas
Para tudo que é amor?
Delirantes: gemidos de um Planeta
Orgasmo
Que fez órbita no planeta
Clitóris
Mas muita cautela nesta hora
Tenha cuidado para que
nenhum planeta
Colida com algum pedaço de
cometa.
Pois o cometa é o
não-Orgasmo
Pedaço de planeta não
formado
Por isso que vaga no espaço,
sem destino.
Portanto, vê se não
demore...
E lambe meu Clitóris
Deslize com a tua língua
carícias, bons arrepios.
A carne à menção ao verbo
O verbo que de tanto agir
Penetrou na carne
Uniu-se num só corpo
Surgindo assim a galáxia:
Via Láctea!!
(Carlos André)
Poema - Orquídeas
Orquídeas
Da flor
Do fruto
Do ventre
Nasceu o nosso amor!
Tão pequeno no berço de
flores
Ali estendido na varanda.
No durar dos anos, na virada
do outono
Crescestes e se tornastes
orquídea.
Ao contrário da morte
Daquilo que não fosse dor.
Nas dores do parto,
enrubescidas, pungente.
Mas o que se tem depois: é a
vida!
Nos poemas, nas crônicas e
contos
Transmitidos pelo vosso
olhar de meteorologia.
E assim, brotou...
A um simples botão
Que insiste em ser: há um
simples botão, em flor!
Pressinto...
E caminho pela varanda
Abro as janelas
Sinto cheiro de chuva vindo
Coração aflito, mas
esperançoso
A espera de você chegar!!
(Carlos André)
Poema - Solares
Solares
Às vezes deito
E não durmo.
Levanto, está frio...
Insônia na madrugada
Caminho até a sala, ao telefone.
Penso em alguma coisa
E não faço.
Aperto o botão
Escuto as últimas mensagens
Que chegaram à secretária telefônica.
Vou até a cozinha, preparo um chá bem quente.
Retorno à sala
Deito no sofá
Penso em você
Em te escrever
Leio o poema e me tranquilizo
Abro o livro da estante e começo a ler.
Por fim, pego no sono.
E volto a dormir!
O Sol há de brilhar
E haverá...
Mais uma vez, alguém do outro lado
Para além com este olhar!
Eu? Sou capaz de me definir numa só estrofe:
Sou Sol o que sou, só olhares...
Sou cada pétala que se despetala
Sou a despedida e ao mesmo tempo, o encontro.
Eu sou o que sinto, na pele.
Não o que os outros pensam o que sinto.
Por mentiras sofri
Mas por verdades irei sorri para a lua minguante
Minha bela Afrodite e meu grandioso Eros incomum.
...magnólias ao meu perdão...
Enquanto dormíamos
Os deuses brincavam de perfeição
Um anjo veio e sussurrou no meu ouvido:
- Durmas bem, tenha bons sonhos!
Sei só o começo
Quando as espumas do mar invadirem
Baterem de leve nos meus pés descalços na areia
E minha alma lá no fundo se arrepia, estremece
Na ponta dos dedos.
Sou a outra parte onde fica o coração
De quando ele faz “tum, tum”
E percebemos algum sentimento por dentro, por fora.
Bem-te-vi e bem te quis numa tarde linda
Que lhe vi cantar
Tão-somente só
Girassol no meu quintal!
(Carlos André)
Poema - A Química dos amantes
A Química dos amantes
Há uma química entre a gente
Que insiste em circular em nosso corpo
Pelas nossas veias e artérias
Que faz o coração bater mais rápido
E de vez em quando
Tropeçamos nas palavras
Quando estamos diante do outro.
Ao olharmo-nos pelo vidro do escritório
Quando as mãos tentam se tocar.
Como é bom sentir o calor da outra mão
Mesmo impedido por um vidro.
Ou mesmo que se passem meses e anos
Como é bom saber que há alguém pensando em ti.
E ao abrir a porta da sala de experiências químicas
Corremos para nos abraçar e beijar.
Vem a combustão...
É quando a química do amor acontece!
(Carlos André)
Poema - Tulipas
Tulipas
E que o tempo nos
traz
O que o vento norte
Não foi capaz de nos
trazer.
E que o céu nos traga
A aurora boreal ao
sul.
Eu vou sair pelo
campo
Refrescar a cabeça
Esquecer dos
problemas
E renovar meus
pensamentos
Regar minha vida
E colher tulipas
Para recompor minha
virtude
Meu interior!
(Carlos André)
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017
Poema - As peças fora do tabuleiro
As peças fora do tabuleiro
Na vida há sempre o mérito
atingido e o conquistado
Você venceu o jogo de xadrez
Do jogo de xadrez fomos pro
sofá
Para conversar não só sobre
o jogo ganhado
Que foi um mérito atingido
Mas sobre a vida; os
projetos de vida
Os últimos concertos de Tchaikovsky
Foi quando tiramos as peças
fora do tabuleiro
E transamos ali mesmo, no
sofá!
Eu tirava minha calça preta.
Você despia teu short azul e
tua camisa branca listrada de preto
E jogava para fora do
tabuleiro.
Você ansiosa de desejo,
tirava minha camisa branca
E eu tirava teu sutiã
vermelho
Chupava teus seios, e isso
me tranqüilizava
Eu sentia tua respiração
ofegante em meu rosto.
O hálito de tua boca.
Beijávamos-nos e você me lambuzava com tua saliva.
Depois disso, chupava tua
vagina
Deixando teu clitóris ereto!
O meu pênis penetrava a
carne macia de tua boceta
Tuas pernas unidas feito uma
tesoura não-cortante
Em meu quadril
Empurrava ainda mais o pênis
Para dentro de ti
Você gemia conforme sensações
arrepiantes de dentro
E você me dizia:
- Estou quase gozando!
E eu me controlava para que
a ejaculação
Não viesse na hora errada
Para que gozássemos juntos
Assim sendo, eu aumentava o
ritmo
E percebia a felicidade
resplandecendo em teus olhos
Teu corpo se comprimindo e
me apertando
O nosso suor escorrendo e
misturando
Tuas mãos acariciando meus
cabelos
A tua boca em meus lábios,
você me beijava
E quanto mais me apertava
para dentro
A luz do pôr-do-sol
entrava pelas janelas
E eu lhe penetrava
freneticamente
Foi quando você me disse
pela última vez:
- Ai amor vou gozar!
E gozávamos juntos pelo amor
de outrora.
Tivemos um dia inesquecível
Naquela tarde quente
Que ao chegar à noite
Ia se tornando fria em
nossos pensamentos!!
(Carlos André)
Poema do Sarau A Origem dos Sonhos
Poema do Sarau A Origem dos Sonhos
Poema - Amores Vitruvianos
Amores Vitruvianos
Atrelado ao corpo
Mãos, braços, seios, coxas, quadris, abraços...
Sem se esquecer que a vagina úmida
Da mulher excitada
O falo debaixo da vagina
Quando se penetra
Ângulos eretos
Que se tangem pelo prazer!
Atrelado no corpo
A junção dos cálculos matemáticos
A nomenclatura das articulações e artérias
Veias que correm o sangue da ciência
Do mistério da luz.
Atrelados, e ambos, já se sentindo parte do outro
Poderá brotar o desejo
A esta sensação
Tão fria e quente que se transporta por dentro
E jorra para fora
O gozo da arte!
(Carlos André)
Poema do Sarau A Origem dos Sonhos
Poema do Sarau A Origem dos Sonhos
Poema - O vinho no cálice do Desejo
O vinho no cálice do Desejo
A donzela da fonte
Uvas frescas retiradas do
vinhedo pelos camponeses
Prontas para delas se ter o
melhor vinho
Da melhor qualidade.
Naquele exato momento...
Em tempos que pareciam
medievais, iluministas
Onde o amor primordial
crescia entre a gente
O cálice sagrado representava
tua vagina
E a garrafa de vinho o falo.
E não só por falar,
entrementes, se fez ação.
E que do verbo se fez carne
E eu a penetrava
harmoniosamente
O vinho no cálice do desejo!
(Carlos André)
Sarau A Origem dos Sonhos
Sarau A Origem dos Sonhos
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