Morangos Silvestres
Eu por cima de ti remexia como ondas
Minha calcinha molhada de
prazer sobre a cama.
Teu pênis ereto passando em
meu clitóris
Fazendo cócegas
A me arrepiar de desejo.
Deslizando nos meus lábios
externos
E por fim, penetrando dentro
de minha vagina.
A flor se abrindo pétala por
pétala
O segredo que havia entre
nossos olhos
Será o que eles queriam nos
dizer?
Porquanto a boca naquele
momento
Não intencionaria expressar
por palavras
Todavia, por gemidos que
eram verdade e razão.
Você me olhava, agora em
câmera lenta
Como se tua mente entrasse em
meus sonhos
Ao lado da memória, perto da
Fonte das Lembranças
E resgatasse de lá somente
as boas lembranças
Deixando o rancor, o medo, a
dúvida desvanecer.
Gostaria muito que o amor
fosse um rio contínuo
Que não secasse tanto e não
transbordasse muito.
Poderíamos até viver somente
do livre-arbítrio
Mas sempre houve o medo de
amar
No momento não disposto.
Embora o coração nos faça
sentir
Se é ou não o momento certo
para amar.
Somos carne e verbo
Em plena desordem social e
política.
Durante o sexo
Somos pleno desejo.
(Carlos André)
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