terça-feira, 12 de setembro de 2017

Poema - Uma transa depois de termos ido no Teatro

Uma transa depois de termos ido no Teatro



















Amor, aquela peça foi magnífica!
Foi magnífico termos nos compreendido
Depois daquela briga.
Do ápice daquela cena
O consenso de personalidade
De cada personagem
Foi magnífico termos reatado
Depois de tantas costuras
Deste nosso louco amor
No vai e vem das ondas
Enquanto eu chupava seus seios maduros de poesia
E você por cima
Virava de costas pra mim.
Rebolava no meu pênis
Você subia e descia
Costurava a vida e seus clamores
Sua ânsia de ter orgasmo
No gozo frio e quente
A escorrer nas bordas de sua vagina!!


(Carlos André)

Poema - Renascemos quando vamos pra cama!

Renascemos quando vamos pra cama!



















Sei que te sinto te quero, te amo;
Isto não é ópio e nem qualquer veneno
Mas é de todo coração
O meu maior afeto
De quando você não vai direto aos meus seios
De quando antes de você tirar meu sutiã
Você vem com sua mania de ficar me observando daí debaixo
E faz carinho em meus cabelos
E desanda a me escutar!
E qualquer rachadura que há em nossa relação
É na cama que tudo resolvemos
Ou melhor, dizendo, quase tudo!


(Carlos André)

Poema erótico - Por cima do sexo

Por cima do sexo


Vem de mansinho
E senta em cima do falo
Guie-me...
Que eu te guiarei até o infinito
Na procura do desejo sagrado.

Vem feito uma leoa
Demonstre toda sua liberdade
Nessa nossa alta intimidade (não rimada)
Onde compartilhamos saliva doce, ardente, de menta!
Onde compartilhamos o tato, a visão, o olfato...
Sinto ainda mais o cheiro de sua vagina
Quando fico dentro de ti
E o meu pênis em 90° desvendando labirintos lá dentro
De sua carne macia e delicada de sua boceta!

Não se envergonhe
Liberte-se...
Contemple as flores dispostas no outono
Esta chama do prazer nos aquecerá no inverno
E na primavera veremos o céu azul fantasiado de cinza.

Gosto tanto de ver seu rosto se irradiar
E seus olhos brilharem daqui de cima!!


(Carlos André) 

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Sarau - Uma outra Estação

Uma outra Estação
No lado direito – Zéfiro - o vento oeste, abraça a ninfa Cloris (Flora), que está em metamorfose para se transformar em Vênus: aquela que irá enfeitar o mundo com suas flores.

Em cima da cabeça de Vênus, está seu filho Cupido que direciona sua flecha para as três graças: Aglaia, Talia e Eufrónsina. Mais a esquerda, se encontra Hermes, que fechará o ciclo tanto das estações celestiais e terrestres.

Assim começa: as folhas e os frutos crescem! Quando chega a primavera, as flores do campo se enfeitam de palavras e cores; as pessoas também. No verão, o sol se engrandece e nos mostra para que veio. No outono, as folhas e os frutos caem, rejuvenescem! No inverno, as árvores se enfeitam de branco e poesia. Mas aí vem a primavera de novo, e é preciso viver uma outra estação, diferente de tantas estações que se passaram em nossas vidas!!

(Carlos André)


Crédito na pintura: quadro "A Primavera" de Sandro Botticelli pintada em 1482.