quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Poema - Carta ao Capital

Carta ao Capital









Lembremos do dia em que eles tiraram de nós
Aquilo que tínhamos por direito: a liberdade!
Quando há um governo centralizado
E que dita sempre as regras
Sem consultar primeiro a opinião da massa
Este governo passa a ser ditatorial
Um governo sem legitimidade.
Não deixemos que isso aconteça de novo!

As máquinas pararam.
As alavancas foram puxadas
E quando voltarem a serem acionadas
A dinâmica do capitalismo começará a ter efeito:
O resultado do produto final
Em decorrência do acúmulo da mão-de-obra barata.

Não quero deixar isso entalar em minha garganta
Preciso me desabafar
Escrever um manifesto
Sobre o abuso de hierarquia no trabalho
E gritar mais alto que eu puder:
- Por aqui não há Ordem nem Progresso.

A falta de humanidade
Se escancara em meio
A decadência de solução!

O proletariado cansado
Chegando ao fim
De mais um dia de trabalho árduo
Questiona perguntando o seu chefe:
- Senhor! Cadê o meu salário?
Já tem tanto tempo que não recebo!
Preciso sustentar minha família, meus filhos!
E o dono do capital, o responde:
- Agora, só no final do mês!
Espera mesmo que no final do mês
Este proletariado receba seu salário?
Eis aqui o poder da mais-valia!

E há de se notar
No suor amargo
Descendo pelo rosto do injustiçado trabalhador.
Que ao chegar em casa
E o teu sangue esfriar
Ele refletirá com calma
Sobre tudo que vem acontecendo.
Fortalecerá o teu ideal
Pronto para se revoltar
E revolucionar o sistema!


(Autor: Carlos André)

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