Carta ao Capital
Lembremos do dia em que eles
tiraram de nós
Aquilo que tínhamos por
direito: a liberdade!
Quando há um governo
centralizado
E que dita sempre as regras
Sem consultar primeiro a
opinião da massa
Este governo passa a ser
ditatorial
Um governo sem legitimidade.
Não deixemos que isso
aconteça de novo!
As máquinas pararam.
As alavancas foram puxadas
E quando voltarem a serem
acionadas
A dinâmica do capitalismo
começará a ter efeito:
O resultado do produto final
Em decorrência do acúmulo da
mão-de-obra barata.
Não quero deixar isso
entalar em minha garganta
Preciso me desabafar
Escrever um manifesto
Sobre o abuso de hierarquia
no trabalho
E gritar mais alto que eu
puder:
- Por aqui não há Ordem nem
Progresso.
A falta de humanidade
Se escancara em meio
A decadência de solução!
O proletariado cansado
Chegando ao fim
De mais um dia de trabalho
árduo
Questiona perguntando o seu
chefe:
- Senhor! Cadê o meu
salário?
Já tem tanto tempo que não
recebo!
Preciso sustentar minha
família, meus filhos!
E o dono do capital, o
responde:
- Agora, só no final do mês!
Espera mesmo que no final do
mês
Este proletariado receba seu
salário?
Eis aqui o poder da
mais-valia!
E há de se notar
No suor amargo
Descendo pelo rosto do
injustiçado trabalhador.
Que ao chegar em casa
E o teu sangue esfriar
Ele refletirá com calma
Sobre tudo que vem
acontecendo.
Fortalecerá o teu ideal
Pronto para se revoltar
E revolucionar o sistema!
(Autor: Carlos André)
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