segunda-feira, 15 de julho de 2013

Poema - Por um segundo



Por um segundo 

Autor: Carlos André

Por um segundo apenas não tive a coragem necessária de nenhum
          pudor quando me relatastes que não viria para o jantar
Um verso sem vírgula não é o mesmo pensamento destes versos e pontos finais.
Por uma decência apenas não me conspirei de meus atos
           Que por início não tive
           Que por desonra não me entreguei
           Que por um gesto apenas
           Safei-me de uma tediosa loucura!

Por um decênio apenas pensei  que seria inútil pensar com fórmulas numéricas
Por uma velocidade a 240 Km/h me desatei  a salvar alguém
Não por eu ser cortês, não por contar os meus segredos sem ao menos eu ter segredos
Se há uma coisa que prezo é a inocência
A inocência que se congratula em percepções realistas.

A menos de um segundo segurei meu riso
Na força que me rebate contra o mesquinho e o estúpido
O mar é solenemente o mar pra quem tem sede!

(Carlos André)

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