Por um segundo
Autor: Carlos André
Por um segundo apenas não
tive a coragem necessária de nenhum
pudor quando me relatastes que não viria para o jantar
Um verso sem vírgula não é o
mesmo pensamento destes versos e pontos finais.
Por uma decência apenas não
me conspirei de meus atos
Que por início não tive
Que por desonra não me entreguei
Que por um gesto apenas
Safei-me de uma tediosa loucura!
Por um decênio apenas
pensei que seria inútil pensar com fórmulas numéricas
Por uma velocidade a 240 Km/h
me desatei a salvar alguém
Não por eu ser cortês, não
por contar os meus segredos sem ao menos eu ter segredos
Se há uma coisa que prezo é a
inocência
A inocência que se congratula
em percepções realistas.
A menos de um segundo segurei
meu riso
Na força que me rebate contra
o mesquinho e o estúpido
O mar é solenemente o mar pra
quem tem sede!
(Carlos André)
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