sábado, 10 de junho de 2017

Poema - Primeiro Ato

Primeiro Ato




























A fome, 
a sagacidade diante dos pratos!
Entre certos restaurantes
Degustamos da melhor poesia
A fome prazerosa
Ardente
Que vai mudando a saliva
Primeiros as preliminares
Os beijos
O deslizar do zíper 
O abrir e fechar dos segredos 
Que são íntimos
E devem ser respeitados 
Até no escuro, de quando os olhos não veem.

Chegamos quase no final do mês de abril
Até então, eu te desejei feito o abrir do envelope
Na leitura saciável dos teus sentimentos
Do teu corpo nu em cima do meu
Os escritos das últimas cartas
A boca que salienta verbos
E se há um verbo
Há uma ação: o pênis que penetra 
Numa completa harmonia de movimentos
A vagina úmida que esteve 
Este tempo todo por baixo da calcinha
Por baixo da calcinha
O orgasmo começa a ser escrito
No interior e na ponta do clitóris
Na ponta da língua
O passar da língua no clitóris
Uma excelente chupada na carne macia de tua boceta.
E o que vem depois do primeiro ato?
O sexo. Simplesmente a continuação do sexo
No vai e vem deste teu rebolar
Como as ondas agitadas do mar!!

(Carlos André)

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