Em Busca do Tempo Perdido
Ontem tive um sonho e acordei
Procurei
abrigo...
E teu
sussurro parecia aos poucos
Se unir
com as lembranças que ainda não estavam perdidas
Em mim...
Ontem
acordei a tempo
E assisti
o diálogo que havia entre o beija-flor e ela.
Uma parte
do beijo que se resgatara ao lado da Fonte
Antes que
se possa esquecer.
Despercebidamente
me fiz mais forte e veloz do que os segundos que percorria nas paredes.
Por
descuido deixei a rosa se sangrar em minhas mãos.
E agora
foi-se o tempo em mim...
Embora,
deu tempo de recompor tuas pétalas
E
restabelecer a harmonia da natureza.
Subitamente
aquilo se apegou em mim
Neste meu
jeito algumas vezes “rebelde” de ser
Revolucionária,
sem esquecer que antes tinha medo de dizer o que sentia.
O que
nunca se sentia, naquilo que se pensou
Antes de
olhar pra mim.
Desabafo
minhas dores, meus amores, componho meu jardim.
Questiono
as coisas pré-estabelecidas
Invento
meu própria regra a não se regrar
Neste
sistema que muitas vezes se camufla
De uma
forma única e que ficara marcado
O voo
inesperado daquele pássaro que havia em mim
E em ti!
Momentos
que não se explicam
Mas que
merecem ser vividos pausadamente
Como a uma
pessoa que amamos muito
E que
dorme ao nosso lado
Acaricia
as mechas do cabelo
Impedindo
que as mechas desçam até os olhos
E nos
impeça de ver o que antes não víamos: um consolo ou carinho!
Fazendo
renascer um pronfundo sentimento.
Muitas
vezes acordo na madrugada e ando pela sala
Ensaio
algum passo antes de apagar a luz.
E no
escuro descubro o segredo escondido entre as estrelas
Entre
Júpiter, Plutão e Netuno.
Algo que
se diz em Platão o que nunca devo me esquecer.
Ontem me
recontei aos corredores e pela varanda
Meu
coração palpitara como uma sentença de bons olhares
Passei
pela sala e vi você me olhando
E lhe
disse algo que inundou o meu ser
De uma
forma mera e displicentemente que aquilo me contagiou.
Ontem tive
um sonho e acordei na minha imensidão.
Procuro-me
sem me encontrar.
E
encontro-me sem me dizer.
Como minha
alma transbordando em mim, enfim.
Ontem tive
um sonho tão bom que desejaria não ter acordado
Neste
sonho meu desejo era mais forte do qualquer tempestade.
Sentia um
abraço forte e lento
Não
conseguia ver quem realmente eras.
Tive a
impressão de está voando
Perplexa com
a realidade lá embaixo
Noutro
momento lia algum livro deitada no campo
Entre os
lírios...
E alguma
coisa suave fazia efeito em meu corpo
Lírico aos
meus pulmões.
Ontem tive
um sonho e desejei por algum instante
Retornar
ao tempo em que eu era criança.
E é só o
amor que liberta!
Mas o que
és amor
Sendo que
o que eu sinto é mais forte contra qualquer dor?
E logo me
revi num ataque de um riso curto e sincero
Mas não
percebia que naquele momento eu era feliz, sendo.
Como quem
ama e vê que isso está moldando o caminho.
(Autor:
Carlos André)
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