Sophie!
Quando eu tiver uma filha
Darei a ela o nome de Sophie.
Um brinde a sabedoria
A amizade que reina naquele
reino
A paz e as nossas alegrias.
Quando eu tiver uma filha
Lembrarei-me de quando meu pai
me ensinou
A decifrar a esfinge da vida
E de quando minha mãe recitara
para mim
Melodias de uma vida que às
vezes são
Como cítara aos meus ouvidos
Podendo ser triste numa
brevidade, quase incomum.
Depende do modo que as vejamos.
Quando eu tiver uma filha
Não modularei caminhos
Dos inconcebíveis...
Mas farei com que ela possa
caminhar
E se sentir livre
Como quem aprende a dar o
primeiro passo
E nunca esquece!
Nunca tive a ideia suprema
De inventar um antirrelógio que
voltasse no tempo
Quem me dera poder estar,
estando.
Sendo que já estive lá!
Quando tiver uma filha
Desejarei muito que ela seja
bailarina
Ou talvez, quem sabe, uma
grande pianista.
Penso em tantas coisas meu caro
leitor.
Embora, quando já estiveres com
maturidade
Ela que vai decidi o que quer
ser!
Mas enquanto isso, caminho
Sinto o ar fresco
Entrando em meus pulmões.
E eu ainda sou o filho, o poeta
Não um pai!
Sou um filho que a cada dia
Tento compreender o mistério
(comum)
Que há nesta vida!
(Carlos André)
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