domingo, 14 de agosto de 2016

Poema - Sophie!

Sophie!








Quando eu tiver uma filha
Darei a ela o nome de Sophie.
Um brinde a sabedoria
A amizade que reina naquele reino
A paz e as nossas alegrias.


Quando eu tiver uma filha
Lembrarei-me de quando meu pai me ensinou
A decifrar a esfinge da vida
E de quando minha mãe recitara para mim
Melodias de uma vida que às vezes são
Como cítara aos meus ouvidos
Podendo ser triste numa brevidade, quase incomum.
Depende do modo que as vejamos.


Quando eu tiver uma filha
Não modularei caminhos
Dos inconcebíveis...
Mas farei com que ela possa caminhar
E se sentir livre
Como quem aprende a dar o primeiro passo
E nunca esquece!


Nunca tive a ideia suprema
De inventar um antirrelógio que voltasse no tempo
Quem me dera poder estar, estando.
Sendo que já estive lá!


Quando tiver uma filha
Desejarei muito que ela seja bailarina
Ou talvez, quem sabe, uma grande pianista.
Penso em tantas coisas meu caro leitor.
Embora, quando já estiveres com maturidade
Ela que vai decidi o que quer ser!


Mas enquanto isso, caminho
Sinto o ar fresco
Entrando em meus pulmões.
E eu ainda sou o filho, o poeta
Não um pai!
Sou um filho que a cada dia
Tento compreender o mistério (comum)
Que há nesta vida!



(Carlos André)

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