sábado, 6 de agosto de 2016

Poema - Solares

Solares


Às vezes deito
E não durmo.
Levanto, está frio...
Insônia na madrugada
Caminho até a sala, ao telefone.
Penso em alguma coisa
E não faço.
Aperto o botão
Escuto as últimas mensagens
Que chegaram à secretária telefônica.
Vou até a cozinha, preparo um chá bem quente.
Retorno à sala
Deito no sofá
Penso em você
Em te escrever
Leio o poema e me tranquilizo
Abro o livro da estante e começo a ler.
Por fim, pego no sono.
E volto a dormir!

O Sol a de brilhar
E haverá...
Mais uma vez, alguém do outro lado
Para além com este olhar!

Eu? Sou capaz de me definir numa só estrofe:
Sou Sol o que sou, só olhares...
Sou cada pétala que se despetala
Sou a despedida e ao mesmo tempo, o encontro.
Eu sou o que sinto, na pele.
Não o que os outros pensam o que sinto.
Por mentiras sofri
Mas por verdades irei sorri para a lua minguante
Minha bela Afrodite e meu grandioso Eros incomum.

...magnólias ao meu perdão...

Enquanto dormíamos
Os deuses brincavam de perfeição
Um anjo veio e sussurrou no meu ouvido:
- Durmas bem, tenha bons sonhos!

Sei só o começo
Quando as espumas do mar invadirem
Baterem de leve nos meus pés descalços na areia
E minha alma lá no fundo se arrepia, estremece
Na ponta dos dedos.
Sou a outra parte onde fica o coração
De quando ele faz “tum, tum”
E percebemos algum sentimento por dentro, por fora.

Bem-te-vi e bem te quis numa tarde linda
Que lhe vi cantar
Tão-somente só
Girassol no meu quintal!


(Autor: Carlos André)

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