sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Poema erótico - Letras de Veludo

Letras de veludo



















Promiscuidades neste cardápio não valem tanto à pena
Quando pouco se sabe e o muito se quer ter
O desejo quando bem programado
Gera esta sensação que sinto por dentro
A leve vibração indo ao encontro dos lábios carnosos da vagina
Isso faz qualquer mulher ficar sem noção
Não digo as que se veem nos espelhos e se rotulam perfeitas
Por suas coxas, quadris, seios e bumbuns definidos
Digo e dedico às temperamentais
As sexualmente sentimentais
Exemplos corriqueiros como da minha amiga Odete, que ama o marido
E na semana passada,
comprara uma linda coleção de lingerie no BH Shopping
Só pra voltar a ferver a relação com teu namorado
Que estivera tão fria nos últimos tempos.
Traição? Não sei.
Talvez um bom diálogo os faça bem.

Já sou casada, bem mais madura, meu nome é Nicole, e nunca esqueci
Foi num sábado à tarde
E a noite nos desejava boas-vindas.

Nossos dois filhos, meu pequeno Nicolas e minha Suzy
Passaram o fim de semana na casa da minha irmã Hilda
A brincar com seus primos Enzo e Fernanda
Lembro-me da fala empolgante de Nicolas:
(-Mamãe e papai nos disseram que se eu e Suzy tirarmos ótimas notas no colégio, nas férias poderemos viajar para Itália, especialmente passar algumas semanas em Veneza.)
Nicolas adorava obras de arte
Suzy já imaginava os bons milk-shakes que faziam na Itália
Deixemos de lado estas férias que claro, aconteceriam... voltemos na cena de amor!

As que escandalizam que no homem o que não pode faltar
É ter uma boa “pegada” selvagem, descaradamente
Para mim, o homem tem que ter a pegada romântica
Com amor verdadeiro,
um pênis ereto, duro e bem penetrante
Saber aonde vai e se isso terá excelente resultado.

Têm as que preferem o sexo selvagem por serem sádicas por natureza
Outras tomam Dry Martine e se masturbam dentro da banheira
Com seus dedos quase mecânicos
Esfregam prazerosamente o clitóris
E depois, friamente, enfiam o dedo no fundo da vagina
E se contraem toda:
-Ai, que delícia!

Diálogo raso, um olhando para o outro antes do ato:
-Nicole... quero que este fim de tarde seja inesquecível pra ti!
-Amor, que você me faça gozar e que essa emoção espalhe em todo meu corpo!
-Que assim seja!

Meus seios se avolumavam e meu marido os chupava
Sentia a língua quente dele roçando o bico dos meus seios
Como ele os chupava tão bem!
E não mordia como costumam alguns homens morderem
Algumas mulheres até gostam que mordam de leve
Marcas de saliva e o encontro inevitável das bocas famintas
Línguas que se lambiam sem nenhuma pressa
Dentro das bocas
Eis o beijo sagrado entre tantas cenas de romance!

Téo sabia com exímio acariciar minha boceta com seus dedos mágicos
Ele tirava minha calcinha azul
A cor preferida do meu marido
Meu sutiã era vermelho!
O temporal lá fora estava formando.

Falas profundas com relâmpagos e trovões:
-Lambe amor! Lambe... desse lado, isso, como é bom essas cócegas com tua língua no meu clitóris!
E Téo sugava minha boceta cheia de desejos inquietantes
-Ui, que friozinho na barriga!
Meu clitóris começava a ficar duro e ereto
Qualquer simples toque eu me contraía
Logo ele me penetrava, no início tão levemente
Mas acredito que com o tempo de dois minutos e pouco
Ele aumentava o ritmo, e mais rápido...
A dor e a pressão do pênis na primeira fisgada
Subia em correntes de arrepio
Que cresciam conforme a velocidade administrada por Téo.
Sentia o pênis dele se contraindo, sinal que iria ejacular
Ele diminui e me penetrava vagarosamente
E todo o esperma descia de volta.
Visto que meu orgasmo não havia chegado.

Passado alguns segundos Téo aumentava o ritmo
1, 2, 3, 4, 5; 67891011121314151617...
-Mais rápido amor... estou sentindo!
Assim, ele aumentava ainda mais a pressão do seu pênis em minha vagina
Todos os membros do meu corpo se estremeciam de vez
Como se naquele momento eu fosse levitar de tão flexível
Tive múltiplos orgasmos naquele dia
Meu corpo se contraía por tantos minutos de pura emoção
Meus olhos se iluminavam e desvendavam o futuro
Um mundo sem “vulgaridades”, onde todos os sonhos bons fossem possíveis
E no rosto um singelo sorriso aparecia.
Um monte de esperma estava invadindo a vagina
Sentia um alívio tão gelado e ao mesmo tempo quente
E era perfeito gozarmos juntos.

Gemidos de paixão verdadeira
Corações tão próximos
Duas carnes que unidas se tornavam uma só
Embalados pelo conforto do gozo doce e amargo
E o sopro de eternidade vindo dos céus
Na chuva que caía enquanto dormíamos abraçados
E o corpo banhado de suor!


(Carlos André)

Nenhum comentário:

Postar um comentário