Letras de veludo
Promiscuidades neste
cardápio não valem tanto à pena
Quando pouco se sabe e o
muito se quer ter
O desejo quando bem
programado
Gera esta sensação que sinto
por dentro
A leve vibração indo ao
encontro dos lábios carnosos da vagina
Isso faz qualquer mulher
ficar sem noção
Não digo as que se veem nos
espelhos e se rotulam perfeitas
Por suas coxas, quadris,
seios e bumbuns definidos
Digo e dedico às
temperamentais
As sexualmente sentimentais
Exemplos corriqueiros como
da minha amiga Odete, que ama o marido
E na semana passada,
comprara uma linda coleção
de lingerie no BH Shopping
Só pra voltar a ferver a
relação com teu namorado
Que estivera tão fria nos
últimos tempos.
Traição? Não sei.
Talvez um bom diálogo os
faça bem.
Já sou casada, bem mais
madura, meu nome é Nicole, e nunca esqueci
Foi num sábado à tarde
E a noite nos desejava
boas-vindas.
Nossos dois filhos, meu
pequeno Nicolas e minha Suzy
Passaram o fim de semana na
casa da minha irmã Hilda
A brincar com seus primos
Enzo e Fernanda
Lembro-me da fala empolgante
de Nicolas:
(-Mamãe e papai nos disseram
que se eu e Suzy tirarmos ótimas notas no colégio, nas férias poderemos viajar
para Itália, especialmente passar algumas semanas em Veneza.)
Nicolas adorava obras de
arte
Suzy já imaginava os bons
milk-shakes que faziam na Itália
Deixemos de lado estas
férias que claro, aconteceriam... voltemos na cena de amor!
As que escandalizam que no
homem o que não pode faltar
É ter uma boa “pegada”
selvagem, descaradamente
Para mim, o homem tem que
ter a pegada romântica
Com amor verdadeiro,
um pênis ereto, duro e bem
penetrante
Saber aonde vai e se isso
terá excelente resultado.
Têm as que preferem o sexo
selvagem por serem sádicas por natureza
Outras tomam Dry Martine e
se masturbam dentro da banheira
Com seus dedos quase
mecânicos
Esfregam prazerosamente o
clitóris
E depois, friamente, enfiam
o dedo no fundo da vagina
E se contraem toda:
-Ai, que delícia!
Diálogo raso, um olhando
para o outro antes do ato:
-Nicole... quero que este
fim de tarde seja inesquecível pra ti!
-Amor, que você me faça
gozar e que essa emoção espalhe em todo meu corpo!
-Que assim seja!
Meus seios se avolumavam e
meu marido os chupava
Sentia a língua quente dele
roçando o bico dos meus seios
Como ele os chupava tão bem!
E não mordia como costumam
alguns homens morderem
Algumas mulheres até gostam
que mordam de leve
Marcas de saliva e o
encontro inevitável das bocas famintas
Línguas que se lambiam sem
nenhuma pressa
Dentro das bocas
Eis o beijo sagrado entre
tantas cenas de romance!
Téo sabia com exímio
acariciar minha boceta com seus dedos mágicos
Ele tirava minha calcinha
azul
A cor preferida do meu
marido
Meu sutiã era vermelho!
O temporal lá fora estava
formando.
Falas profundas com
relâmpagos e trovões:
-Lambe amor! Lambe... desse
lado, isso, como é bom essas cócegas com tua língua no meu clitóris!
E Téo sugava minha boceta
cheia de desejos inquietantes
-Ui, que friozinho na
barriga!
Meu clitóris começava a
ficar duro e ereto
Qualquer simples toque eu me
contraía
Logo ele me penetrava, no
início tão levemente
Mas acredito que com o tempo
de dois minutos e pouco
Ele aumentava o ritmo, e
mais rápido...
A dor e a pressão do pênis
na primeira fisgada
Subia em correntes de
arrepio
Que cresciam conforme a
velocidade administrada por Téo.
Sentia o pênis dele se
contraindo, sinal que iria ejacular
Ele diminui e me penetrava
vagarosamente
E todo o esperma descia de
volta.
Visto que meu orgasmo não
havia chegado.
Passado alguns segundos Téo
aumentava o ritmo
1, 2, 3, 4, 5;
67891011121314151617...
-Mais rápido amor... estou
sentindo!
Assim, ele aumentava ainda
mais a pressão do seu pênis em minha vagina
Todos os membros do meu
corpo se estremeciam de vez
Como se naquele momento eu
fosse levitar de tão flexível
Tive múltiplos orgasmos
naquele dia
Meu corpo se contraía por
tantos minutos de pura emoção
Meus olhos se iluminavam e
desvendavam o futuro
Um mundo sem “vulgaridades”,
onde todos os sonhos bons fossem possíveis
E no rosto um singelo
sorriso aparecia.
Um monte de esperma estava
invadindo a vagina
Sentia um alívio tão gelado
e ao mesmo tempo quente
E era perfeito gozarmos
juntos.
Gemidos de paixão verdadeira
Corações tão próximos
Duas carnes que unidas se
tornavam uma só
Embalados pelo conforto do
gozo doce e amargo
E o sopro de eternidade
vindo dos céus
Na chuva que caía enquanto
dormíamos abraçados
E o corpo banhado de suor!
(Carlos André)
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