Era só uma
pintura... mas foi se tornando real.
Imaginei as
mulheres de Picasso
E escrevi na
máquina de escrever a nossa historia.
Te desenhei
e tracei pra ti o infinito
Como se
fosse possível poupar as feridas da vida
Te
inventei...
E você
começava a crescer em minha imaginação
Feito um
desejo que não soube como explicar
E você
também não me explicou.
Primeiro
foram os rabiscos de pincel.
Depois
disso, lhe adaptei com tintas de cores diversas
E ao óleo de
linhaça.
Mas você não
me disse que não queria
E mesmo
assim, ficou.
Me manchei
com o teu batom vermelho
E nos
quadros de Van Gogh e Modigliani
Era eu ali,
tentando te consertar e convencer
Mas confesso
que aprendi com você também.
E pela
manhã, quando estávamos dormindo...
Você foi ao
banheiro...
Lavou o
rosto...
Se despiu...
E fugiu com
as outras pinturas.
Sem deixar
escrito em nenhuma carta
Para aonde
iria.
(Carlos
André)
Nenhum comentário:
Postar um comentário