segunda-feira, 24 de julho de 2017

Crônica - O Sabor do Vinho, da Vida!

Crônica

O Sabor do Vinho, da Vida!

















A garrafa de vinho, guardada muitos anos da última safra, que estava sobre a mesa, e justo agora resolvi beber. 

Um dia li no jornal a verdade subtendida diante dos fatos. Daqueles acontecimentos de quando a chuva principiou a cair, foi quando todos em sintonia abriram os guarda-chuvas.

Coitados! Eles estavam tão amargurados, dependurados no cabide do armário, torcendo para que a chuva viesse avassaladoramente. Que deus cuide para que os telhados não lhes ouvissem.

Aquilo parecia uma coreografia, no momento que vi a chuva resplandecer dentro de ti; contemplando um pouco o que havia dentro de mim. Pouco detalhado, porém, convincente; e eu, com a taça de vinho na mão, sorvi o primeiro gole, antes dos minutos iniciais da Ópera “Carmina Burana”. 


Os livros lidos, relidos, trelidos, se encontravam na cômoda com teias de aranha. Teias de aranha também se desenhavam nos olhos da boneca de porcelana. Disseram-me que o teatro, que também é mágico, principia agora. Esqueci de ler a previsão do tempo, suponho que seja por isso que ela não veio.


Na semana passada, eu te vi, mas não lhe conheci. Parece que você estava mais sorridente do que o normal. O que você me diz? Pois nossas forças não se exauriram. Tomara que as luzes que enaltecem os jasmins teçam tuas flores, porque as bromélias não têm mais dores por aqui. Então, que não percamos o foco, a eloqüência de luz.


(Carlos André)

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