A Vida é diferente através da janela do Ônibus
Percebi que ao entrar
no ônibus, e reparar pela janela os movimentos das luzes, dos carros, pessoas
passando: indo e voltando, assemelhado a um filme assistido na grande tela da
Vida, do ônibus.
Quando o frio vem e o
céu fica nublado, as janelas turvas dos ônibus se enfeitam de palavras
escritas, como se uma história iniciasse naquele vidro. Um talvez “te amo”, ou
quem sabe “Nos vemos por aí”.
Notei, mas pouco
averiguei, que as pessoas que não encontram lugar nos ônibus em dias de
lotação, e ficam de pé, são pessoas que sonham de pé, leem em pé, mandam
mensagens diretas ou indiretamente pelo olhar, ou por meios eletrônicos; pensam
na próxima estação como um vôo alto em equilíbrio, e alguns, ansiosos, não veem
à hora do ônibus estacionar no primeiro ponto, para que possam sentar, ou quem
sabe ficar de pé mais um pouco. Sonhar e imaginar possíveis caminhos, onde
poderia moldar ao diferente, no quase tudo igual em sentido monótono.
(Carlos André)
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