quarta-feira, 29 de agosto de 2018

A Criação



















Ela pudera entreter-se com aquelas criações
Frutos de sua imaginação...
Ou seria da imaginação dele?
E o que de comum havia dentro dela e daqueles desenhos...
Dentro dele?

Havia vivacidade e um gozo substancial
Pela forma diferente de ver e interpretar o mundo
De ambos.

Manter a tela fixa no cavalete
Significava também em manter a vida equilibrada
Num só ponto de equilíbrio
Tendo o pincel contornando a realidade.

O mesmo óleo de linhaça que diluía a tinta
Separava os bons dos maus amigos
Daqueles que faziam críticas construtivas
Dos que desejavam parabéns, vários “likes” e palmas
Mas escondiam uma faca afiada na mão.
Observação: na palheta é onde as variedades de tintas
Serão finalmente depositadas.

Os óculos dela e também dele
Estavam com sobras de tinta da pintura
Seus corpos todos cheios de tinta
Eu senti, desde o momento que a vi
Que aquela imagem da tela saltara para dentro da realidade
Haveria ali uma criação parecida com o seu criador?

Penso tantas coisas antes de dizer sim
Mas nunca digo não
Sem antes saber se é isso mesmo
E o que realmente estou sentindo
Ao ver aquela imagem ali parada
Da criação!!

(Carlos André)

Nenhum comentário:

Postar um comentário