Ela
pudera entreter-se com aquelas criações
Frutos
de sua imaginação...
Ou
seria da imaginação dele?
E o
que de comum havia dentro dela e daqueles desenhos...
Dentro
dele?
Havia
vivacidade e um gozo substancial
Pela
forma diferente de ver e interpretar o mundo
De
ambos.
Manter
a tela fixa no cavalete
Significava
também em manter a vida equilibrada
Num
só ponto de equilíbrio
Tendo
o pincel contornando a realidade.
O
mesmo óleo de linhaça que diluía a tinta
Separava
os bons dos maus amigos
Daqueles
que faziam críticas construtivas
Dos
que desejavam parabéns, vários “likes” e palmas
Mas escondiam
uma faca afiada na mão.
Observação:
na palheta é onde as variedades de tintas
Serão
finalmente depositadas.
Os
óculos dela e também dele
Estavam
com sobras de tinta da pintura
Seus
corpos todos cheios de tinta
Eu
senti, desde o momento que a vi
Que aquela
imagem da tela saltara para dentro da realidade
Haveria
ali uma criação parecida com o seu criador?
Penso
tantas coisas antes de dizer sim
Mas nunca
digo não
Sem
antes saber se é isso mesmo
Ao
ver aquela imagem ali parada
Da
criação!!
(Carlos
André)
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