quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Elizabeth: a Ninfa dos Campos Floridos



















- Ei! Você que está aí do outro lado, você consegue me ouvir?
- Olá, ninfa Elizabeth! Sim, eu consigo lhe ouvir! O que há desta vez?
- Eu ando muito preocupada com a sociedade lá de baixo. Aqui de cima do campo, temos uma compreensão melhor das fraquezas e virtudes que as pessoas que dizem serem civilizadas, cometem lá embaixo.
- Ninfa Elizabeth, e o que essas pessoas estão cometendo lá embaixo? Quem são realmente essas pessoas?
- São as pessoas com más influências que eu nunca quero andar, se eu estivesse lá embaixo! Não posso nomeá-las, seria pecado muito mais que infame e ultrajante!
- E de qual perfil de pessoa humana você gosta mais, e que você chamaria para o seu lado?
- Essa pergunta é facílima de responder: gosto de pessoas com virtude e sinceridade, que digam a VERDADE dos seus sentimentos, ao invés de sempre escondê-los no manto escuro e imprudente do desamor.
- E você já se apaixonou alguma vez por algum humano?
- Sim, e este humano se aproximava das minhas virtuoses características. No fim, nos separamos, pois este humano não desejou conhecer o meu reino. Além do mais, eu ficava visitando-o lá embaixo, e ele não demonstrava nenhum interesse de vim até aqui em cima, conhecer o lugar onde eu morava. Resultado final: não houve um sentimento recíproco da parte dele.
- Sinto muito! Amar tem disso mesmo. E o que mais lhe preocupa lá embaixo?
- A devastação da natureza. Por aqui, os campos são bem floridos, as borboletas pousam em nossos cabelos; o riacho debaixo da ponte, não seca e percorre o seu percurso num ritmo constante; as macieiras sempre estão repletas de maçã; chove no momento certo em cada estação.
- É uma lástima aqui embaixo não ser tão ajustado quanto o que parece ser o seu reino aí de cima. Há outra coisa a mais, Elizabeth?
- Gosto quando você me chama só por Elizabeth, ao invés de ninfa Elizabeth, isso prova que já somos amigos íntimos.
- Saiba que eu gosto de conversar contigo.
- Sim, e isso é verdadeiro. Por enquanto é só isso. Mas quando aparecer algo que me incomode, que mecha com as minhas virtudes, eu chamarei você, meu querido fiel mensageiro.
- Sim, pode contar comigo. Até uma próxima vez, minha amiga Elizabeth, a ninfa dos campos floridos!
- Até aos novos momentos auspiciosos da natureza, meu amigo Tempo!!

(Carlos André)

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