quinta-feira, 30 de agosto de 2018

As férias de Hegel













Deram-me naftalina filosófica
Para que eu absorvesse nos poros da ignorância humana
Subjugaram meus preceitos e destruíram meu tédio
Desvalorizaram meu ópio
O veneno da língua de cada vez.

Cansaram de me internar nos castelos da hipocrisia
Só porque os militares odiavam o que eu pensava
O que nós pensávamos
Acreditávamos filosoficamente
No fim daquilo tudo.

Sentados naquele tabuleiro de jogos intelectuais
Bebíamos uma dose de niilismo
Antes de degustar de um bom prato cartesiano
Porém, eu não saí de lá hipócrita.

Tirei férias da literatura alternativa
Estou escrevendo mais literatura moderna, filosófica e existencialista
Todavia, se por via das dúvidas houver uma via correta
Mostrarei o motivo que vim.

Ainda estou à procura daquele ponto indefinido
Estou escrevendo o vazio
Para depois me compreender de vez!!

(Carlos André)

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