A
Existência
Não me sinto mais próximo, quanto
mais feliz quem sabe. Sinto-me prestes a ser alguém. Não que eu não tenha sido
alguém durante toda minha vida. Mas me sinto prestes de ser alguém, especialmente
alguém, definitivamente alguém, completamente capaz de amar. Não que eu não
tenha amado durante toda minha vida. Mas me sinto prestes de ser amado, em
detalhes!
Estou
preparado para as surpresas que ainda virão. O espetáculo que começa e acaba;
talvez, não tenha fim! Acredito que eu sou um excelente organizador: seleciono
os principais pensamentos do dia, escolho o qual me cai bem.
Possivelmente me sinto nas melhores intenções. Devidamente cuido da
minha saúde, porque sinto curiosamente que devo me importar a cada fio do meu
cabelo. Não fumo, porém bebo: suspeita que eu beba vinho, licor, champanhe:
agora, não mais suspeitam. Além disso, bebo moderadamente, não fiques
preocupada.
Para
as pessoas que fumam cigarro, seja qual forem à marca, comercial, normas da
publicidade, não fume pela marca, comercial - fume por você mesmo –, e se isso
pode lhe matar, - morra por você mesmo -; entretanto, se queres ser feliz, seja
feliz por você mesmo e por todos que te amam. Teu coração lhe espera, teu
pulmão espera por novos ares.
Reparo que há diversos lábios que estão ressecados, mordidos, quase um
laivo de sangue mínimo nota-se no canto da boca. Se não fossem meus olhos
burlescamente burlescos, eu não notaria que no canto da boca há representações
do vício ingênuo! Vários vícios, diversos vícios, vários vícios, diversos
vícios, vários vícios, diversos vícios, vários vícios, diversos vícios; tomara
que isso não cause em vossa excelência um cansaço mórbido, onde é preciso beber
água para hidratar-se dessa terrível fase humana: o vício!
Os
flocos de neve caem em seu rosto, refresca a alma, o ideal, acontecimento de
antes. Medos que a consolam e impulsionam colidir em outros medos,
enfrentá-los. Sombras do amor debaixo do sorriso. O foro da cama.
Tenho uma filha de dois meses e
meio. Alegra-me assisti-la sugar com a boquinha rosada os seios, procurando o
leite materno. Quando sentes minha presença, vira rapidamente o rostinho em
minha direção e ri, como a dizer:
-Papai, logo eu crescerei e
compreenderia este mundo!
E retornas para os seios, pois é
preciso produzir as sensações, neutralizar qualquer alarme falso, preocupação
despercebida. E isso, não é um livre-arbítrio. É simplesmente a noção de
poder... existir!
(Autor: Carlos
André)
Nenhum comentário:
Postar um comentário