Sábado de Outubro
Chega à madrugada num silêncio
Estado de flores
De noite mal dormida.
Estaciona o destino
nas poucas horas
contadas
Quão não querer bem no que bem me quer?
Ressarcir da sede, a fatalidade do horizonte
Do tropeço no escuro as horas se dilatam
Levantam-se!
Por pensar que às vezes não pensemos mais
Mas pensamos!
Pensamos que o todo é quase um nada
De um nada surge
o complexo pensamento
Perseveremos no que for de mais em comum
Aos comuns do então...
Escrevo do nunca por só escrever
Reinvento as últimas fórmulas
Busco os restantes remédios
Enxugo com o lenço as antepenúltimas lágrimas
das palavras
que
nunca foram ditas!
Nunca foram desforradas, e sim embevecidas
Com os penúltimos retoques de confiança!
Como não abraçar o amor em dias de Outubro
Reinventar doutros feriados um prelúdio
Como não nos esquecemos da sorte
Verdades doídas
Dum mistério um mundo
Um pasmo de quando avistamos as montanhas e seus declínios
Um mar de rasas possibilidades!
Amar mais as
possibilidades quando estamos a pensar.
Se já é incrível,
imagine
uma cor que não tem cor
Que de fato tem sua clara percepção e evidência.
Noutros frascos hás outras soluções, novas aventuras
A história continua...
E se continuamos, é pelo fato de algo ainda a ser escrito.
Porque não só do hoje o amanhã viverá!
(Autor:
Carlos André)
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