quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Poema - Sábado de Outubro



Sábado de Outubro



Chega à madrugada num silêncio

Estado de flores

De noite mal dormida.



Estaciona o destino

nas poucas horas

                contadas

Quão não querer bem no que bem me quer?

Ressarcir da sede, a fatalidade do horizonte

Do tropeço no escuro as horas se dilatam

Levantam-se!



Por pensar que às vezes não pensemos mais

    Mas pensamos!

Pensamos que o todo é quase um nada

     De um nada surge o complexo pensamento

Perseveremos no que for de mais em comum

Aos comuns do então...



Escrevo do nunca por só escrever

Reinvento as últimas fórmulas

Busco os restantes remédios

Enxugo com o lenço as antepenúltimas lágrimas

     das palavras

               que nunca foram ditas!

Nunca foram desforradas, e sim embevecidas

Com os penúltimos retoques de confiança!



Como não abraçar o amor em dias de Outubro

Reinventar doutros feriados um prelúdio

Como não nos esquecemos da sorte

Verdades doídas

Dum mistério um mundo

Um pasmo de quando avistamos as montanhas e seus declínios

Um mar de rasas possibilidades!

   Amar mais as possibilidades quando estamos a pensar.



Se já é incrível,

               imagine uma cor que não tem cor

Que de fato tem sua clara percepção e evidência.



Noutros frascos hás outras soluções, novas aventuras

A história continua...

E se continuamos, é pelo fato de algo ainda a ser escrito.



Porque não só do hoje o amanhã viverá!


(Autor: Carlos André)

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