quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Poema - Só mais uma vez



Só mais uma vez


Desejo intenso tão forte imenso vem em vão
Alma que eriça os feltros da nostalgia! Nostalgia? Inibi o que é perfeito
Lembro de você! Não de você com artigo
Todavia, com o verbo lembrar.

Será que vamos nos encontrar um dia?
Esqueço-me do excelente matemático que sou. Tento.
Só mais uma vez.

Vejo olhar a distância da distância que nos separou,
que insisti timidamente e tudo mais tão tímido sem o sufixo -mente
que desmente menti que o nosso amor acabou.
Amor? Mero amor?
Eu
Amo,
Tu amas,
Ele ama,
Nós amamos,
Amais-vos,
Elas amam,
ou eles amam?!

Querem o querer que não querem o perder!

Insisto mais uma vez, e mais uma vez eu insisto a insistir que insistir
o poder de amar! Amar! Amar! Amamos! Seria ignóbil não desistir
E te vê mais uma vez
Até que o mundo enlouqueça de vez: 
enlouqueça! Enlouqueça! Enlouqueçamos!
E de uma vez me esqueço: só mais uma vez me esqueço
Nesses corpos que moram o insondável éter do encontro.


  (Autor: Carlos André)

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