quinta-feira, 16 de maio de 2013

Poema - Desejo efêmero




Desejo efêmero

Autor: Carlos André 

Desejo!
Desejo, muito, do pouco
No entanto, entretanto, portanto, entre tantos doutros
Desejo pra ti uma vida de desejos
A carência de não desejar
Desejo o inteiro, o complexo, descomplexo
Desejo o encontro, desencontro, entre pontos, entrementes, o reencontro
A saudação de boas vindas!
Desejo o imenso compactado
Desejo uma boa noite, e um bom dia
Desejo a antítese, a síntese, o sinônimo
Desejo o eufemismo das boas horas
A metáfora nas melhores ocasiões
Desejo uma festa, o apagar e acender da lâmpada
Desejo a satisfação do champanhe
Desejo o anonimato, revelações
Desejo este fim de mistérios, de corrupções
Desejo teu sorriso
Desejo o pleonasmo nos assuntos ligeiros
Desejo gols de emoções
Desejo o desatino saudável
Desejo enciclopédias, histórias em quadrinhos
Histórias clássicas
Desejo a modernidade
O marco da história
Um salto para o futuro!
Desejo as opiniões televisivas, opiniões cibernéticas
Desejo o invulgar, tuas próximas ideias
Desejo o teorema, a demonstração
Provas convincentes de que não é em vão
Desejo a maresia, a cautela
Desejo a probabilidade enigmática
Não desejo flores artificiais
As flores artificiais estão acostumadas com o improvável
Desejo o reciclável
Tempos recicláveis
Desejo o realismo, a naturalidade para a vida
Desejo no que desejo!
De várias formas repetidas
No início desejo do desejável.

(Carlos André)

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