Linhas de Sal
Autor: Carlos André
Pra mim não existe data especial para amar-se
Te amo não pela verdade dita
Mas há verdade em poder te amar
Te amo nas causas mais justas
Amo-te sem quaisquer loucuras fúteis e deliberativas
Por que te amo?
Pronomes oblíquos não interferem na nossa resolução
Porque amo-te perdidamente e perdidamente irei te amar
Te amo no décimo terceiro encontro
Amo-te com enormes chances de fitar o horizonte
Além do que não se vê
Tenho sentidos amplos à análise
Constante é teu corpo!
Constante são tuas mãos!
Constante foste o equilíbrio do desequilíbrio
Exatamente haverá momentos a contradizer
Contingentemente constante...
Um suave toque de línguas
Bem vindos à tese de Freud!
Por via das dúvidas, tenho um vocabulário repleto de silogismos
Amo-te sem nenhuma penumbra
Te amo deitada em campos de lírios, amo-te do nada
Borboletas azuis, borboleta rainha – mostra-nos o que
realmente é viver
Se te amo porque pretensiosamente venho a lhe amar
Se o mar invadisse o corpo não restaria corpos de luzes a
contra alma
Facilmente compreenderíamos o nosso heroísmo
Se nos calcanhares de Aquiles houvesse algum torpor de mira
Talvez renasceríamo-nos de um só suspiro,
e desenvolveríamos no berço inquietante das cento e uma
razões
Amamentaríamos isento de choro, de promessas honrosas
Completamente seguros para futuramente amarmos
em dias de
choro, dessas promessas que insistem
Navegaríamos quando for necessário
E quando não for?
Seríamos simplesmente seres comuns
Ou quase isso!
(Carlos André)
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