sábado, 18 de maio de 2013

Poema - Linhas de Sal



Linhas de Sal



Autor: Carlos André



Pra mim não existe data especial para amar-se

Te amo não pela verdade dita

Mas há verdade em poder te amar

Te amo nas causas mais justas

Amo-te sem quaisquer loucuras fúteis e deliberativas

Por que te amo?

Pronomes oblíquos não interferem na nossa resolução

Porque amo-te perdidamente e perdidamente irei te amar

Te amo no décimo terceiro encontro

Amo-te com enormes chances de fitar o horizonte

Além do que não se vê

Tenho sentidos amplos à análise

Constante é teu corpo!

Constante são tuas mãos!

Constante foste o equilíbrio do desequilíbrio

Exatamente haverá momentos a contradizer

Contingentemente constante...

Um suave toque de línguas

Bem vindos à tese de Freud!



Por via das dúvidas, tenho um vocabulário repleto de silogismos

Amo-te sem nenhuma penumbra

Te amo deitada em campos de lírios, amo-te do nada

Borboletas azuis, borboleta rainha – mostra-nos o que realmente é viver

Se te amo porque pretensiosamente venho a lhe amar

Se o mar invadisse o corpo não restaria corpos de luzes a contra alma

Facilmente compreenderíamos o nosso heroísmo

Se nos calcanhares de Aquiles houvesse algum torpor de mira

Talvez renasceríamo-nos de um só suspiro,

e desenvolveríamos no berço inquietante das cento e uma razões

Amamentaríamos isento de choro, de promessas honrosas

Completamente seguros para futuramente amarmos

       em dias de choro, dessas promessas que insistem

Navegaríamos quando for necessário

E quando não for?

Seríamos simplesmente seres comuns

Ou quase isso!



                      (Carlos André)







Nenhum comentário:

Postar um comentário