domingo, 19 de maio de 2013

Poema - Coisas sem Sentido




Coisas sem Sentido



Autor: Carlos André



Preciso beijar teu corpo

Apalpar teu sorriso

Naufragar no brilho dos seus olhos

Esquecer-me tão poucamente

E sereno!



Desejo ansiosamente que nossas conversas

Sejam douradoras

Que nossas dádivas não nos matem

De anestesiarmos excessivamente

Ébrios e pacatos de uma cidade improvável

Curiosamente, nossas vidas são regadas com muito esmero.



Simplesmente não viveis de um coração partido

Não que nossas chances foram traidoras

Nas vezes que tanto pedimos

Esperar o outono

Estar acordado para a primavera

Disperso no horizonte

Na poça d’água, olhes pra vida.



Corações inquietantes, e amiúdes

Se eu beijei teu corpo

Se eu mastiguei minhas tendências

Quero beber minha essência, minha insanidade

Cuspir no chão, palavras compulsivas

Se eu dormir rente ao teu corpo

É o mesmo de ter minhas ideias em êxtase

Meu existir é minha sombra do que penso

Do que falo, no que me sinto de minhas verdades

Minhas mentiras.



Pretendo sanar meu irremediável

Não sei se posso ir, onde posso chegar

Só sei que tenho tantos pensamentos em desuso.



Mas, se pretendo beijar teu corpo

Apalpar teu sorriso

Naufragar no brilho dos seus olhos

Esquecer-me tão poucamente

Quero poder ir além que do acredito

Como exemplo de um barco

Situado num ponto indefinido do oceano.



(Carlos André)







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