sábado, 25 de maio de 2013

Poema - A pressa exata!


A pressa exata!

Autor: Carlos André

Não paro. Corro depressa, sofro depressa, amo depressa
Logo, a pressa nos alcança.

Não! Não penso depressa
Porque depressa penso, que seja tarde para pensar
Naquilo que pensamos
Demito-me em mentes depressativas
Não me omito depressa
Tudo que me encanta, é uma ideia vertiginosamente fixa.

Óbvio que não paro. Porque se paro, sou uma ideia incessante
Não que eu não queira ser uma ideia incessante
Mas tem tanta gente que pensa ter a mesma ideia
Assemelhado a uma inércia moralista
O mundo não tem um clichê específico.

Comedido nas minhas atenções para o convencional
Estou acostumado com as antiquadas verossimilhanças
Se uma verdade é cruel, e intransponível
Isso me condiciona a não ter tanta pressa quanto tinha
Visto que ao parar, não sinto a pressa em meus pés
Entretanto, me vejo imerso em minhas responsabilidades.

Embora, um dos erros da humanidade
Não seja a falta de pressa para pensar
Talvez, seja o risco que se passa
Quando não temos pressa para ação.

(Carlos André)




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