A
pressa exata!
Autor:
Carlos André
Não
paro. Corro depressa, sofro depressa, amo depressa
Logo,
a pressa nos alcança.
Não!
Não penso depressa
Porque
depressa penso, que seja tarde para pensar
Naquilo
que pensamos
Demito-me
em mentes depressativas
Não
me omito depressa
Tudo
que me encanta, é uma ideia vertiginosamente fixa.
Óbvio
que não paro. Porque se paro, sou uma ideia incessante
Não
que eu não queira ser uma ideia incessante
Mas
tem tanta gente que pensa ter a mesma ideia
Assemelhado
a uma inércia moralista
O
mundo não tem um clichê específico.
Comedido
nas minhas atenções para o convencional
Estou
acostumado com as antiquadas verossimilhanças
Se
uma verdade é cruel, e intransponível
Isso
me condiciona a não ter tanta pressa quanto tinha
Visto
que ao parar, não sinto a pressa em meus pés
Entretanto,
me vejo imerso em minhas responsabilidades.
Embora,
um dos erros da humanidade
Não
seja a falta de pressa para pensar
Talvez,
seja o risco que se passa
Quando
não temos pressa para ação.
(Carlos
André)
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