Escarlate
Autor: Carlos André
Teu vestido é sedutor
Tua mente fantasia
Quero eu poder escrever crônicas da tua vida
Contos primordiais da literatura.
Quem dera eu saber de toda a sua sentimentalidade
Teu relutar é de toda primazia
Carregas o mundo nas mãos
A cor convalesce ao que se subtrai
Sinto em ti o espírito de euforia.
Quadros, paletas
Pinceis, e cavaletes
Pintei-a com as tuas cores prediletas
Talhei do insensível a suavidade da arte
Fiz de ti a perfeita imagem e concepção
Inigualável com o canto da plenitude.
Teu olhar é desafiador, dissimulaste!
Desafia a gravidade
Tua moral é o conjunto de paz e harmonia
Cívico às vezes
Teu olhar é o que mais impressiona.
A ti convence aos deuses da razão
Que o poema resgatará a poesia
Se não é que ambos são os mesmos corpos e virtudes
Não declame infortúnios
Noções devassas por natureza
Proclame tua independência
Algo do que falamos
Impertinentes, aqui estamos.
A indiferença não é mais densa que o silêncio
Pois teu pensamento lhe guia
De mãos dadas vamos.
Teu semblante é magnífico
Teu cabelo brinca no ar
Como se fôssemos adultos dirigentes do nosso sistema
Adultos, seremos
Jovens, somos
A infância resquício de saudade.
Penso como muitos pensam que penso
E penso que a humanidade se repense
Penso que a cor do teu vestido é escarlate.
(Carlos André)
Nenhum comentário:
Postar um comentário