quinta-feira, 16 de maio de 2013

Poema - Escarlate



Escarlate

Autor: Carlos André

Teu vestido é sedutor
Tua mente fantasia
Quero eu poder escrever crônicas da tua vida
Contos primordiais da literatura.

Quem dera eu saber de toda a sua sentimentalidade
Teu relutar é de toda primazia
Carregas o mundo nas mãos
A cor convalesce ao que se subtrai
Sinto em ti o espírito de euforia.

Quadros, paletas
Pinceis, e cavaletes
Pintei-a com as tuas cores prediletas
Talhei do insensível a suavidade da arte
Fiz de ti a perfeita imagem e concepção
Inigualável com o canto da plenitude.

Teu olhar é desafiador, dissimulaste!
Desafia a gravidade
Tua moral é o conjunto de paz e harmonia
Cívico às vezes
Teu olhar é o que mais impressiona.

A ti convence aos deuses da razão
Que o poema resgatará a poesia
Se não é que ambos são os mesmos corpos e virtudes
Não declame infortúnios
Noções devassas por natureza
Proclame tua independência
Algo do que falamos
Impertinentes, aqui estamos.

A indiferença não é mais densa que o silêncio
Pois teu pensamento lhe guia
De mãos dadas vamos.

Teu semblante é magnífico
Teu cabelo brinca no ar
Como se fôssemos adultos dirigentes do nosso sistema
Adultos, seremos
Jovens, somos
A infância resquício de saudade.

Penso como muitos pensam que penso
E penso que a humanidade se repense
Penso que a cor do teu vestido é escarlate.

                               (Carlos André)

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