Uma
Sombra entre Nós
Colapso...
No início da peça “Uma Sombra entre Nós”, vemos um colapso,
ainda sem o ponto de exclamação, embora, com pontos de reticências, dando-nos a
notícia de que algo possa continuar além deste colapso, desta sombra que nos
subdivide. Este colapso existencial e amoroso situa-se entre o senso comum do
que possa ser uma relação conjugal, e o que há de ser de fato, uma relação conjugal
nos três vértices do triângulo.
Colapso!
Esse sim é um colapso verídico, e não qualquer solução para
se esconder do sol, que pudesse nos conceder uma sombra; para fugir das
pretensões da sociedade. Viver num lar sem sombras, sem espaço para desavenças:
desquites, mortes, suicídios: outras soluções que não nos cause tanta dor!
Ser livres para amar em uma sociedade inóspita para o amor e
o respeito, porém, de uma civilização ainda conquistável. Todavia, o que pode
ser uma sombra, além da sombra gerada pelo nosso próprio corpo?
(Carlos André)
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