Novela – O PIANISTA
Capítulo
XI – A surpresa após ter ido à biblioteca;
Esta cena acontece no retorno
ao parque com um destaque: o céu estava colorido de cinza: completamente
nublado. Se Van Gogh ou Claude Monet pudesse pintá-lo na mesma perspectiva,
fico curioso em saber como ficaria, mas deixemos isso pra depois. Bem provável
que choveria no caminho de volta para casa, ou quem sabe agora.
- Até mais Pérola! – Alfred
abraçou a pequena Pérola.
- A..té...Alfred! – A
pequena Pérola se desmanchava feito gelatina, de puro contentamento do
resultado que foi a ida à biblioteca, a biografia dos compositores clássicos; o
milk-shake tomado.
- Camila... quero que você e
Pérola venha em minha casa!
- Quem sabe um dia pequeno
Alfred, Pérola e eu possamos conhecer sua casa... seus pais!
- Exatamente Camila! Venha
almoçar ou jantar um dia com a gente; minha tia Leocádia gostará muito de
Pérola! Mas agora tenho que devolver este pequeno aventureiro antes que chova.
Olhe como o céu está!
- Sim, também temos que ir!
– Aprovava Camila.
- Tchau, querida Pérola!
- A..té... Cyndi!
- Oh, que fofura! Sabe meu
nome direitinho. Um beijo! Até mais Camila!
- Até mais Cyndi!
Se você esperava que
chovesse agora ou no caminho, não acertou. Cyndi e Alfred chegaram ao apartamento,
momento também em que suponho que Camila e Pérola chegassem também no
apartamento. Cyndi e Alfred encontraram logo quando abriram a porta, Armênio e
Leocádia, ansiosos, sentados no sofá. Em cima da mesa, havia uma garrafa de
vinho, no canto um litro de refrigerante, três jarras de suco, um de laranja,
acerola e maracujá que a empregada Luíza tinha colocado na mesa. Quando eles se
apresentaram na sala, Armênio e Leocádia levantaram-se. Armênio iniciou,
ajoelhando para o pequeno Alfred:
- Temos uma notícia para te
contar meu querido Alfred!
- Tia, não me diga... que..
– Pressentiu Cyndi logo ao ver a expressão do rosto de sua tia Leocádia.
- Sim, Cyndi! Estou grávida!
- É menino ou menina?
- Ainda não sabemos Cyndi!
Leocádia fará o ultrassom nas próximas semanas! – Afirmou Armênio.
De
fato, Alfred se surpreendeu com a notícia. Havia no canto de sua boquinha, uma
expressão de ciúme? Ou uma expressão de alegria? Porventura houvesse um pouco
das duas. Será que o pequeno Alfred aceitaria que seus pais dividissem a
atenção para seu novo irmão ou irmã, ou isso não seria um problema para ele? Só
o tempo diria. Embora, a relação que se estabeleceu com sua amiguinha no
parque, a Pérola, já era um indício dos desmembramentos dos próximos capítulos
em se tratando do futuro bebê que crescia no passar dos meses, dentro da
barriga de sua mãe.
Foi num dia de chuva, à
noite, quando retornaram da biblioteca, e Cyndi e Alfred já estavam dormindo, Leocádia
e Armênio se jogaram na cama e fizeram amor. O pênis de Armênio dentro da
vagina de Leocádia, no vai e vem, no balanço das ondas do mar. Comparado a uma
ressaca do mar, um monte de esperma entra na vagina de Leocádia e se esparrama
feito um copo d’água que sem querer, cai das mãos do criador – talvez pelo
susto de está em completo gozo surgindo -, que expele água do copo em
estilhaços no chão da sala.
A surpresa: dentro da vagina
há um muco cervical, transparente e escorregadio, assemelhado com a clara de um
ovo. Sendo escorregadio, os espermas se locomoveram com uma facilidade imensa, onde
somente um esperma venceu a corrida contra o tempo, e conseguiu proliferar o
óvulo de Leocádia.
(Carlos André)
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