Capítulo
XL – O Cisne branco em meio à multidão!
Luz, câmera e ação!
Margaret entrava no palco.
Era seu sonho, agora um sonho: realizável! Aquele palco era todo seu naquele
instante. Ela dançaria com tantas bailarinas que admiravam: Irenia, Dária e
Nina, entre tantas outras. Margaret estava representando o cisne branco.
A você leitor ou leitora, que admire a arte do
balé, deve está se imaginando os rodopios, as piruetas dos bailarinos, e a
bailarina se jogando no ar e algum personagem do musical a salvando, mas por
enquanto, deixem essas imagens guardadas no fundo da memória, e verifique de perto,
sim! Levante e veja a luminosidade que havia nos olhos da Margaret.
Ela com seus sapatinhos
prateados, invadia a imaginação do público com toda sua desenvoltura dançante
em cima do palco; com um impecável “tendu”, “jeté” e no fim, uma “rond de
jambé” que fez as palmas se antecederem, antes do término do musical.
Conquistar ou não? Deixar o
cisne negro prevalecer na cena? Mudar de passo, e se entregar completamente na
outra cena, lutando pelo o que é seu por direito?
Talvez seja isso que a
Magda, que estava sentada lá atrás, pensava. Pois esta havia chegado atrasada
na apresentação “O Lago dos Cisnes” da Margaret, e assim, não encontrara
poltrona vaga na frente. Bem que Alfred a avisara que geralmente esses
espetáculos, lotam logo na primeira venda de ingressos.
Armênio, ao lado, todo
radiante não conseguiu se controlar vendo agora sua filha se apresentando no
palco onde seu filho um dia brilhou. Armênio, já pensava de como descreveria
para o editor, o título da manchete seguinte do Jornal Um novo Olhar: MARGARET, O CISNE BRANCO, EM MEIO A
MULTIDÃO!
- Eu não sabia que sua irmã
dançava tão bem!
- Grazie Madga! – Agradecia
como de costume em italiano o Alfred na saída do Palácio das Artes.
- Vamos marcar de sair algum
dia desses?
- Sim Magda, vamos! Mas
agora tenho que ir...
(Carlos André)
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